Assassinato de executiva da editora Abril em SP foi crime passional, diz delegado

A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito nesta quinta-feira (24) para apurar o assassinato da executiva Tatiana Casto Pinho, 36, no Ipiranga (zona sul da capital). O principal suspeito pelo crime, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado, é o marido dela, o autônomo Eduardo Marques Marchesi, 38, que teria tentado se matar em seguida.

Marchesi está internado no hospital Heliópolis. Tatiana era executiva de negócios da revista Exame, da editora Abril. O caso foi registrado como homicídio e tentativa de suicídio.

De acordo com o delegado-adjunto do 16º DP (Vila Clementino), Airton Sante Amore, a polícia não tem outra hipótese que não o crime passional. "Vamos respeitar o luto dos familiares para chamá-los a depor, mas sabemos que o casal passava por uma crise no relacionamento e havia decidido se separar", afirmou o delegado. "Com certeza foi um crime passional", completou.

Segundo o boletim de ocorrência divulgado pela SSP, o casal morava com o filho de dois anos em uma casa da rua Alberto Nepomuceno. Ainda conforme o boletim, Marchesi ligou para mãe às 3h da madrugada de hoje e pediu que ela fosse até sua casa para cuidar do filho do casal.

Ao chegar lá, às 3h30, aponta o BO, a mãe do rapaz encontrou o filho e a nora baleados na cabeça, na cama do casal, e a criança sentada na sala. Tatiana morreu no local.

A arma usada, um revólver calibre 38, foi encaminhada para perícia.

Suspeito está internado sob escolta

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado informou que o estado de Marchesi é considerado gravíssimo.

Já a SSP informou que, “por se tratar de autoria conhecida”, o crime não será encaminhado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). A assessoria da pasta disse que já há ordem de prisão ao autônomo, que está internado sob escolta policial no hospital.