Topo

Ruas de Santa Teresa são interditadas para obras de novos bondes no Rio

Em agosto, moradores protestaram contra a falta de bonde em Santa Teresa, na zona central do Rio - Julia Affonso/UOL
Em agosto, moradores protestaram contra a falta de bonde em Santa Teresa, na zona central do Rio Imagem: Julia Affonso/UOL

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

11/11/2013 17h41

Para permitir o início da primeira etapa de obras de reestruturação do sistema de bondes de Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro, na terça-feira (12), a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro) interditou na tarde desta segunda (11) trechos de duas ruas do bairro histórico, que vão ficar fechados durante pelo menos quatro meses, segundo previsão do Governo do Estado. Os bondinhos estão desativados desde agosto de 2011, quando um acidente com um dos veículos matou seis pessoas.

Foram interditadas a rua Joaquim Murtinho, no trecho de 1.370 metros entre os Arcos da Lapa e a rua Francisco Muratori, e 100 metros da rua Francisco Muratori, entre as ruas Silvio Romero e Joaquim Murtinho. A previsão da Secretaria de Estado da Casa Civil é que os veículos comecem a ser testados em março do ano que vem e estejam abertos para o público em junho, antes do início da Copa do Mundo de 2014.

Por conta das interdições, algumas ruas de Santa Teresa sofreram alterações de sentido e houve mudança no itinerário das linhas de pontos de ônibus. A partir desta segunda, o trecho entre as ruas do Riachuelo e Paschoal Magno da rua Monte Alegre funcionará no regime de mão única, no sentido Santa Teresa. O tráfego da rua Hermenegildo de Barros, entre a Ladeira de Santa Teresa e a rua Cândido Mendes, passará a ser de mão única no sentido Glória. Já a rua Bernardino dos Santos, no trecho entre as ruas Dias de Barros e Cândido Mendes, funcionará em mão única no sentido rua Cândido Mendes.

Ao longo rua Joaquim Murtinho, interditada para a primeira de quatro etapas da primeira fase das obras --que vai colocar em funcionamento o trajeto que funcionava na época do acidente, entre os Arcos da Lapa e o Dois Irmãos-- foram desativados nove pontos de ônibus. Para suprir a falta destas paradas, foram criados 11 novos pontos: cinco na rua Monte Alegre, dois na Dias de Barros, três na Hermenegildo de Barros, e um na Cândido Mendes.

O trajeto total do sistema de bondes terá seus trilhos trocados por outros feitos para terrenos irregulares, os chamados bilabiados, mas manterá o mesmo traçado, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em abril de 2012.

No segundo semestre de 2014, haverá a revitalização de um trecho do trajeto que estava desativado desde a década de 1990. Com isso, o percurso do sistema de bondes será 30% maior, passando de 7,2 km para 10,5 km.

Os custos da reestruturação estão estimados em R$ 110 milhões, sendo R$ 40 milhões para a compra dos 14 bondes, R$ 60 milhões para a troca das redes viária e aérea e da subestação de energia e R$ 10 milhões para a reforma dos pontos e da oficina dos veículos.

Vencedor de licitação, o consórcio Azvi e Elmo, formado pelo grupo espanhol Azvi e pelo brasileiro Elmo, vão executar as obras. A execução do projeto terá acompanhamento técnico do Iphan, da Inepac e da Central (Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística), responsável pelos bondes.