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Bloqueios em estradas atrasam ajuda a vítimas da chuva no ES

Wellington Ramalhoso

Do UOL, em São Paulo

24/12/2013 19h52

As interrupções provocadas por deslizamentos de terra, alagamentos e rupturas de pista em rodovias têm dificultado a chegada de donativos às vítimas da chuva no Espírito Santo.

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  • Julio Santos/Colatina Hoje/Facebook

Em Itaguaçu, um dos municípios mais prejudicados, a ajuda humanitária começou a chegar, mas a Defesa Civil local espera a entrega de um volume maior de donativos.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Itaguaçu, Humberto Magnoni, o município recebeu alimentos, água mineral e colchões. Além de quantidades maiores desses itens, os moradores do município também precisam de remédios, de gás e produtos higiene e limpeza.

“A cidade está totalmente tomada pela água e intransitável. O comércio está destruído”, afirmou Magnoni nesta terça-feira (24).

Situada a 128 km de Vitória, Itaguaçu possui 14 mil habitantes. A cidade foi erguida às margens do rio Santa Joana, afluente do Doce. Com a chuva, os dois rios transbordaram.

Ao sul do município, um deslizamento bloqueou a ES-261 nas proximidades de Itarana, segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo).

Ao norte, a rodovia ES-164 está interrompida em direção ao município de Baixo Guandu por causa de quedas de barreiras.

Cerca de 20.000 quilômetros de estradas foram danificados no Estado, o que prejudica o transporte de doações. A presidente Dilma Rousseff afirmou que a partir de quinta-feira (26) o Exército ajudará a construir pontes provisórias onde houve desabamento ou interdição de vias

Mortes

De acordo com contagem oficial da Defesa Civil capixaba, oito pessoas morreram em Itaguaçu desde a semana passada em consequência da chuva. Mas Magnoni diz que a tragédia é maior e conta onze mortes.

O cálculo da Defesa Civil local inclui mortes de hoje em duas famílias. No bairro Barro Preto, uma mulher grávida de oito meses, sua mãe e sua filha de um ano e meio morreram soterradas após um deslizamento atingir a casa onde viviam.

Segundo Magnoni, no bairro de Alto Lage, cinco pessoas de uma mesma família também morreram soterradas por causa de um deslizamento.

O coordenador da Defesa Civil afirma que as prioridades do trabalho são resgatar vítimas e retirar moradores de áreas de risco.

Mais de 800 pessoas tiveram de deixar suas casas em Itaguaçu, calcula o coordenador da Defesa Civil.

Ainda de acordo com Magnoni, localidades de Itaguaçu como Beira Rio, no distrito de Palmeira, estão ilhadas, o que dificulta o dimensionamento completo da situação no município.