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Nada justifica aquilo, diz Paes sobre alagamento de via recém-inaugurada

A Via Binário, na altura da Cidade do Samba, zona portuária do Rio, ficou alagada no dia 11 de dezembro - Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
A Via Binário, na altura da Cidade do Samba, zona portuária do Rio, ficou alagada no dia 11 de dezembro Imagem: Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

25/12/2013 10h51

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em entrevista ao jornal “O Dia” que o alagamento da Via Binário na primeira chuva forte desde que foi aberta, 40 dias antes, é um “erro inadmissível”.

“A drenagem da região do porto não está pronta e não estará até 2016, mas nada justifica aquilo porque havia um plano de contingência, com drenagens provisórias que a concessionária Porto Novo não fez. Isso foi tratado em reuniões diretamente comigo”, disse o prefeito, admitindo que a secretaria de Obras também errou por não acompanhar a situação de perto.

Ele afirmou ainda que os transtornos com a chuva na cidade vão continuar pelo menos até 2015, quando o Piscinão da Praça da Bandeira, na zona norte, deve ficar pronto. “Isso só vai parar quando o rio Joana estiver desviado e os cinco piscinões prontos. Não antes de 2015. Está atrasada pela complexidade da obra”, explicou. “A gente está fazendo um túnel por baixo da linha do trem, do Morro da Mangueira, de São Cristóvão. Tivemos um monte de problemas de projeto de ligação.”

Sobre as eleições de 2014, Paes afirmou não existir a possibilidade do PMDB apoiar a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Estado porque o candidato do partido é o vice-governador Luiz Fernando Pezão.

Ele disse não se preocupar com os resultados de pesquisas, que apontam pouca popularidade de Pezão. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no último dia 2, Pezão tem apenas 5% das intenções de voto, contra 15% de Lindbergh.

“A popularidade do Pezão virá durante o processo eleitoral. Nunca me angustiei com isso. Acho até que ele está melhor do que eu imaginava nas pesquisas”, afirmou o prefeito, citando seu caso como exemplo. “Em 2008, comecei a campanha com 8% e ganhei.”

O prefeito falou também sobre os limites entre a vida pública e a privada, lamentou não poder mais tomar chope em um tradicional bar da cidade e disse que não tem mais prazer em viajar. “Adoro Paris, Londres e Nova York, mas não viajo com prazer agora. Até consegui ir para o interior de Portugal agora, era meu aniversário e da minha filha. Adorei”, contou. “No avião ainda teve uma passageira que tirou uma foto minha e eu vi no celular ela colocando ‘dormindo com o prefeito’. Ia mandar para alguém. Eu cutuquei e falei com ela que se quisesse eu tiraria a foto abraçado. Ela ficou sem graça e disse: ‘Gosto muito do senhor e não resisti’.”

Retrospectiva 2013: um ano no Rio

  • Arte/UOL

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