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Greve de ônibus em Porto Alegre continua; prefeito fala em pedir Força Nacional

Rodoviários de Porto Alegre (RS) descumpriam, na manhã desta sexta-feira, acordo feito no Tribunal Regional do Trabalho e continuam em greve na capital gaúcha - Luciano Leon/Futura Press/Estadão Conteúdo
Rodoviários de Porto Alegre (RS) descumpriam, na manhã desta sexta-feira, acordo feito no Tribunal Regional do Trabalho e continuam em greve na capital gaúcha Imagem: Luciano Leon/Futura Press/Estadão Conteúdo

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

31/01/2014 08h32

O acordo firmado na quinta-feira (30) entre a Justiça e o sindicato dos rodoviários de Porto Alegre e empresários não foi cumprido. Na manhã desta sexta-feira (31), pelo terceiro dia consecutivo, os motoristas e cobradores não trabalharam e nenhum coletivo circula na cidade. A paralisação pegou de surpresa os usuários, que se aglomeram nos pontos de ônibus. O prefeito José Fortunati (PDT) afirmou que pode pedir a intervenção da Força Nacional.

Na quinta-feira (31), ficou acordado que a greve seria suspensa temporariamente. Para esta sexta, 50% da frota sairia à rua e, sábado (1º), 100%. Porém, ao fim da reunião na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), muitos sindicalistas se mostraram insatisfeitos com a proposta dos empresários de aumento de R$ 1 no ticket alimentação (que passaria de R$ 16 para R$ 17) e da manutenção do subsídio de R$ 40 dos planos de saúde. Nesta manhã, há piquetes em frente às garagens, especialmente na Carris, a empresa municipal.

Mais cedo, em entrevista à rádio Guaíba, o prefeito José Fortunati (PDT) admitiu interesse em pedir apoio à Força Nacional.

"Ficou claro que a Brigada Militar [polícia militar] está acompanhando de longe. Nós tivemos ontem vários ônibus depredados, um incendiado no final da tarde. O grande receio que temos ao tirar os ônibus da garagem é com relação à violência.  Caso não possa contar com a Brigada, vou apelar à Presidência da República e pedir que a Força Nacional venha a Porto Alegre."

Os rodoviários exigem 14% de aumento, mas as empresas condicionam a negociação à revisão da tarifa, que chegou a R$ 3,05 no início de 2013, mas retrocedeu para R$ 2,80, valor atual. Consultada, a prefeitura disse apenas que espera que a ordem judicial seja cumprida.