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Dilma diz no Twitter que morte de cinegrafista "revolta e entristece"

Imagens postadas por amigos nas redes sociais mostram o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, trabalhando - Reprodução/Facebook
Imagens postadas por amigos nas redes sociais mostram o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, trabalhando Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, no Rio

10/02/2014 16h32Atualizada em 10/02/2014 17h04

A presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do cinegrafista da “TV Bandeirantes” Santiago Andrade em sua conta no Twitter nesta segunda-feira (10). “A morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade, anunciada hoje, revolta e entristece. Não é admissível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas”, tuitou a presidente.

Santiago foi atingido na cabeça quando registrava o protesto contra o aumento das passagens de ônibus na capital fluminense, na quinta-feira (6). No mesmo dia em que foi ferido, Andrade passou por uma neurocirurgia para estancar o sangramento e estabilizar a pressão intracraniana. Além do afundamento de crânio, ele perdeu parte da orelha esquerda.

“A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado”, escreveu ainda Dilma.

O vice-presidente, Michel Temer, também divulgou nota na rede social: "Lamento muito o falecimento do cinegrafista Santiago Andrade da TV Band. Que sua família e amigos encontrem conforto neste momento de dor."

Em entrevista à "TV Globo", a mulher do cinegrafista, Arlita Andrade, diz que não consegue perdoar os responsáveis pela morte. "Perdoar? Meu marido está indo embora, eles destruíram uma família. Uma família que era unida, muito unida mesmo", afirmou.

O advogado Jonas Tadeu Nunes informou que forneceu o nome do acusado de detonar o rojão que matou o cinegrafistaao delegado Maurício Luciano, titular da 17ª DP (São Cristóvão) e responsável pela investigação.

Nunes faz a defesa do estudante e tatuador Fábio Raposo, preso no último domingo e indiciado como coautor da explosão que matou o cinegrafista. Raposo aceitou colaborar com as investigações em benefício da delação premiada.

O nome do acusado -- um que parece em gravações de camisa cinza e calça jeans correndo pela Central do Brasil -- foi obtido por meio de amigo próximo cujo codinome foi informado por Raposo. Nunes disse que orientou o acusado, que está foragido, a se entregar à polícia e a colaborar com as investigações.