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Manifestantes fazem minuto de silêncio em homenagem a cinegrafista morto

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

13/02/2014 19h39Atualizada em 13/02/2014 21h17

As cerca de mil pessoas que protestam nesta quinta-feira (12) contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro, fizeram um minuto de silêncio ao chegarem ao local onde o cinegrafista da “TV Bandeirantes” Santiago Andrade foi atingido por um rojão no dia 6 de fevereiro, na Central do Brasil. Em seguida, os manifestantes aplaudiram a vítima, que morreu na última segunda-feira (10) e teve o corpo cremado nesta manhã.

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A homenagem foi estendida tanto a Santiago como às "dezenas de pessoas assassinadas e feridas pela Polícia Militar durante as manifestações". Os manifestantes se reuniram na praça da Candelária, e partiram pouco depois das 18h30 rumo à Prefeitura do Rio. Em clima de carnaval, eles parodiavam marchinhas famosas.

Além de pessoas comuns, participam do ato muitos ativistas ligados a partidos políticos, que exibem bandeiras do PSOL, PSTU, PCB, FIP e de movimentos sociais. A quantidade de manifestantes, por enquanto, é maior em comparação com as concentrações dos atos anteriores.

Entre os cartazes e bandeiras dos manifestantes, há mensagens sarcásticas em relação ao suposto financiamento do movimento. "Quero o meu reajuste: R$ 150 mais os R$ 3 da passagem", ironizou o estudante Rodrigo Silva dos Santos.

Durante o restante da caminhada, o grito mais frequente era "Cadê o Amarildo", uma referência ao ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, morto sob tortura por policiais da UPP da Rocinha em julho do ano passado, segundo a Polícia Civil. O único coro que rivalizava com o episódio de Amarildo era "Ê, ê, ê, cadê o meu cachê".

Na quarta-feira (12), o advogado do suspeito de acender o rojão que vitimou o cinegrafista da "Band" Santiago Ilídio Andrade, Caio Silva de Souza, afirmou que ele recebeu R$ 150 para participar das manifestações. Duas pessoas foram presas, e o inquérito deve ser entregue ao Ministério Público na sexta-feira (14). (Com Estadão Conteúdo)

Protestos no Rio de Janeiro em 2014
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