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Jornalista é assassinado a tiros em Miguel Pereira, Rio

Estadão Conteúdo

14/02/2014 09h52Atualizada em 14/02/2014 09h52

O jornalista Pedro Palma, de 47 anos, foi assassinado a tiros, na noite dessa quinta-feira (13), no município de Miguel Pereira, na região Sul do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o crime ocorreu em frente à casa da vítima, na Rua Dona Carola, no distrito de Governador Portela. O jornalista morreu na hora. Os atiradores, que estavam numa moto, fugiram.

Palma era proprietário do jornal "Panorama Regional", que circula nas cidades de Miguel Pereira, Paty do Alferes, Vassouras, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin, Barra do Piraí, Piraí, Valença, Paracambi e Paraíba do Sul. O periódico vinha fazendo denúncias sobre irregularidades em prefeituras da região.

O corpo de Palma será encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Barra do Piraí. O caso está sendo investigado pela 96ª Delegacia de Polícia de Miguel Pereira.

Relatório divulgado na quarta-feira (12) pelo Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) apontou que o Brasil é um dos países mais perigosos para exercer a profissão de jornalista.

"O número de jornalistas mortos cresceu nos últimos anos e a resposta oficial do governo tem sido insuficiente. O Brasil se converteu em um país perigoso para o exercício do jornalismo. Os jornalistas, especialmente no interior do país, têm problemas quando investigam casos de corrupção. E nos casos de censura, o Brasil também [tem] este problema", disse Carlos Lauría, coordenador do CPJ para as Américas. 

Outro caso

Na noite de 11 de junho do ano passado, José Roberto Ornelas de Lemos, de 45 anos, diretor do jornal "Hora H", que circula na Baixada Fluminense, foi assassinado numa padaria na cidade de Nova Iguaçu. A vítima foi atingida por 44 tiros.

Três pessoas que estavam na padaria contaram à polícia que Lemos estava no balcão, de costas para a rua, quando um Gol prata, com quatro homens encapuzados, estacionou em frente ao estabelecimento. De dentro do veículo, os criminosos abriram fogo e fugiram logo em seguida.

À época, a polícia divulgou que a principal linha de investigação era a de o que crime tenha sido motivado pela linha editorial da publicação. O jornal, de perfil popular, é conhecido por estampar em sua capa fotos de pessoas mortas. Também faz várias denúncias de crimes contra policiais e bandidos, além de supostos casos de corrupção em órgãos públicos da região.