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Polícia amplia patrulhamento nas proximidades de Venceslau

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

28/02/2014 09h03Atualizada em 28/02/2014 09h03

As notícias sobre uma possível fuga de líderes do PCC levaram a Polícia Militar a entrar em alerta e a fechar nesta quinta-feira (27) o acesso de 400 metros que liga a Rodovia Raposo Tavares (SP-270) à entrada da Penitenciaria 2 de Presidente Venceslau. Além do Comando de Operações Especiais (COE) que mantém 15 homens numa mata próxima do presídio, a Tropa de Choque e o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que atua para combater motins, estão de prontidão.

A origem do PCC

A facção criminosa PCC foi criada em agosto de 1993, num presídio de Taubaté (a 140 km de São Paulo).

Ela surgiu após o massacre do Carandiru, ação policial que deixou 111 presos mortos na invasão do pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção.

O grupo fundador do PCC reivindicava o fim da linha dura e dos maus-tratos contra os presos.

Marcola assumiu a chefia da facção no final de 2002. Ele está preso por roubo a bancos.

Do lado de fora, os homens do COE têm reforço da PM, que atua há cinco dias na fiscalização de suspeitos dentro da cidade e principalmente de carros nas estradas da região.

Nesta quinta-feira, o helicóptero Águia, da PM, passou o dia todo sobrevoando os presídios da região oeste, incluindo penitenciárias de Mirandópolis, Lavínia e Valparaíso. Apesar do clima, a expectativa era de que as visitas seriam mantidas sábado e domingo nas penitenciárias.

Vulnerabilidade

Os agentes dizem que a notícia sobre o poder do PCC em invadir as penitenciárias com helicópteros não assusta nem aumenta a vulnerabilidade.

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  • Arte/UOL

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"A gente já vive em constante vulnerabilidade há muito tempo, com a superlotação, pois há presos demais e faltam agentes. Além disso, somos todos os dias agredidos pelos presos. Tenho amigos que evitam sair sozinhos ou com a família à noite. Estamos aqui, à mercê dos bandidos, nem armas temos. A gente depende de outros órgãos de segurança e o que podemos fazer é entregar nossas vidas nas mãos de Deus", disse um agente que trabalha na P1 de Mirandópolis. Ele só estranha não haver rebeliões.

"Aqui, por exemplo, falta água na penitenciária, e mesmo assim, eles estão quietos", disse o mesmo agente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.