Garis em greve protestam em frente à prefeitura do Rio; lixo se acumula
Centenas de garis da cidade do Rio de Janeiro voltaram a protestar hoje (2) em frente à sede da prefeitura, na cidade nova, na Rua Afonso Cavalcante. Os manifestantes cobram melhores condições de trabalho e aguardam um representante da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) para negociar a volta ao trabalho.
A greve não tem o respaldo do sindicato e foi considerada ilegal pela Justiça.
A categoria pede reajuste salarial de R$ 803 para R$ 1,2 mil, aumento no valor do tíquete alimentação diário de R$ 12 para R$ 20 e o pagamento de horas-extras para quem trabalhar nos domingos e feriados, como previsto em lei. “
Chegamos a trabalhar dobrado em época de Carnaval e não ganhamos um centavo a mais”, disse uma das lideranças do movimento, a gari Edna dos Santos.
O protesto é acompanhado pelo Batalhão de Policiamento Militar de Grandes Eventos, que pelo segundo dia consecutivo não usa identificação nas fardas. De acordo com o oficial no local, coronel Wagner Vilares, a identificação não é “uma obrigatoriedade legal, mas administrativa”. Ele estima que cerca de 100 garis participam do protesto na prefeitura.
“Estamos com equipamento novo e ainda estamos fazendo a identificação”, justificou o coronel. A Defensoria Pública do Estado do Rio não foi localizada para comentar a ausência de mecanismo que permita identificar os militares.
Os manifestantes contabilizam cerca de 400 garis no protesto em frente à prefeitura. Eles pedem a presença de jornalistas e reclamam de pouca visibilidade dada ao movimento na imprensa. “Estamos protestando desde a última quarta-feira (26), as ruas amanheceram imundas ontem e hoje e tem jornal que que não deu uma linha”, disse Edna.
A Comlurb informou que está mantendo sua rotina especial de limpeza programada para o período de Carnaval.
Em nota, a Comlurb informou que “alguns pontos da cidade sofreram interferência de membros de um grupo de grevistas sem representatividade nem ligação com o sindicato reconhecido da categoria”.
A companhia recordou que o movimento foi considerado ilegal pela Justiça do Trabalho, “o que dificultou e atrasou a realização dos serviços nestes locais”.
A companhia reiterou, ainda, que permanece em negociação com o sindicato da categoria, “como faz anualmente no período do acordo coletivo”.
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