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Em terceiro dia de paralisação, garis protestam no centro do Rio

Lixo espalhado pelas ruas do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira (3) do Carnaval - Osvaldo Praddo/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Lixo espalhado pelas ruas do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira (3) do Carnaval Imagem: Osvaldo Praddo/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

03/03/2014 11h41Atualizada em 03/03/2014 12h26

Um grupo de cerca de 500 garis em greve se reuniu na Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, para protestar por melhorias salariais, na manhã desta segunda-feira (3). De lá, eles fecharam um pista da avenida Presidente Vargas e seguiam rumo à Prefeitura do Rio.

Segundo o Centro de Operações, a pista lateral da avenida Pres Vargas foi interditada na altura do Sambódromo. O acesso do viaduto 31 de Março para a Pres Vargas também foi fechado. As pistas foram liberadas por volta das 12h.

As ruas da região central do amanheceram cobertas de lixo em pleno Carnaval. No domingo (2), mais de 90 blocos desfilaram pela cidade.

Na Lapa, montanhas de lixo se acumulavam nas esquinas. Na rua Uruguaiana, no centro, o lixo ocupava toda a rua.

Bairros turísticos, como Copacabana e Ipanema, apresentavam grandes acumulações de lixo nesta segunda. O lixo se amontoava até nas arquibancadas do sambódromo, onde ocorreu a primeira noite desfile das escolas de samba do grupo especial.

Centenas de trabalhadores de limpeza urbana em greve se manifestaram também no sábado (1) e no domingo (2).

Os lixeiros pedem para ser compensados pelo trabalho extra das celebrações carnavalescas, das quais participam cerca de 4 milhões de pessoas --incluindo 918 mil turistas-- que deixam toneladas de lixo nas ruas da cidade. Eles exigem também uma alta salarial de R$ 803 para R$ 1.200.

A companhia municipal de limpeza (Comlurb) afirmou que a greve é ilegal. No sábado, o Tribunal Regional do Trabalho considerou a greve abusiva. A Prefeitura do Rio de Janeiro e o sindicato municipal dos garis negaram, por meio de um comunicado, a existência de uma greve. O sindicato atribuiu a um "grupo sem representatividade" a propagação de "rumores de ameaça de paralisação".