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Agente da Comlurb diz ter sido agredido por garis grevistas no Rio

Do UOL, no Rio

05/03/2014 11h05Atualizada em 05/03/2014 13h30

O funcionário da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) Everaldo dos Santos Vargas relatou ter sido agredido por garis que aderiram à greve da categoria, na manhã desta quarta-feira (5), em Campo Grande, na zona oeste da cidade, quando saía para trabalhar junto com a sua equipe.

Responsável por chefiar a gerência de Campo Grande, Vargas teria levado um soco no rosto após se desentender com os grevistas. Ele foi levado para o Hospital Estadual Rocha Faria, também em Campo Grande.

Já o gari identificado como suposto agressor se dirigiu ao distrito policial do bairro (35ª DP) a fim de prestar depoimento. Ele assinou o termo circunstanciado, foi liberado e o caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.

O presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, afirmou à "CBN" que só aceitará negociar com o sindicato da categoria, que não reconhece a greve iniciada por um grupo de funcionários. Roriz disse ainda que o problema do acúmulo de lixo na cidade deve ser normalizado até a próxima sexta-feira (7).

Lixo e mau cheiro

A região central é a mais afetada pela falta de coleta após quatro dias de greve dos garis. As poucas equipes que se espalham pelas principais vias do centro não conseguem dar conta do acúmulo de lixo após a passagem dos blocos de Carnaval. Garrafas, latas e restos de comida, além do forte cheiro de urina, incomodam quem passa pela Lapa, bairro boêmio da capital, e ruas no entorno do Terreirão do Samba que lotou na última madrugada.

Na avenida Rio Branco, lojistas fazem a limpeza das calçadas na falta dos garis que resistem ao acordo feito entre a Comlurb e o sindicato da categoria.

Protesto

Pelo menos 200 pessoas se reúnem em frente à sede da Comlurb, na Tijuca, na zona norte, em ato convocado pelos garis que aderiram à greve da categoria.

Assim que o grupo chegou até a porta do órgão, caminhando pela rua Major Ávila, policiais militares formaram um cordão de isolamento para evitar que os manifestantes tentem invadir a companhia. Alguns minutos depois, o policiamento foi reforçado com mais duas guarnições da PM e com a chegada do Batalhão de Choque.