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Jovem registra uma prisão a cada 33 dias desde os 15 anos em MG

Gustavo Henrique Silva, o Gustavinho: 20 prisões por furto em apenas um ano na cidade de Três Pontas, em Minas Gerais - Polícia Civil Três Pontas
Gustavo Henrique Silva, o Gustavinho: 20 prisões por furto em apenas um ano na cidade de Três Pontas, em Minas Gerais Imagem: Polícia Civil Três Pontas

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

08/04/2014 18h41

Um jovem de 19 anos, morador da cidade de Três Pontas (282 km de Belo Horizonte), em Minas Gerais, já foi detido 44 vezes pela polícia desde que completou 15 anos –20 delas apenas no período de um ano. É uma prisão a cada 33 dias. 

Gustavo Henrique Silva, conhecido na cidade como Gustavinho, é viciado em crack e conhecido pelas ocorrências de furtos na cidade mineira. Atualmente, ele está confinado no presídio de Três Pontas. O jovem foi preso em flagrante por policiais militares, no último fim de semana, ao arrombar carros em busca de pertences que pudessem ser vendidos para comprar drogas.

“Na maioria das vezes, ele pratica pequenos furtos. Por exemplo, furta uma bicicleta, uma televisão. Não é uma pessoa violenta, nem anda armado. Ele pratica crimes para sustentar o vício em crack”, afirmou o delegado Roberto Alves Barbosa Júnior, titular da delegacia da Polícia Civil de Três Pontas.

Antes de completar 18 anos, Gustavo Silva já havia sido preso 24 vezes.

De acordo com o delegado, a prisão e subsequente soltura de Silva são recorrentes. “Nós instauramos o inquérito, concluímos e mandamos para a Justiça. Ele fica preso um período, mas como o crime de furto não inclui violência, as penas são baixas e geralmente ele é colocado em liberdade por força da lei”, disse Barbosa.

Segundo o policial, Gustavo Silva chega até a colaborar com a polícia depois que comete os crimes e faz uso do entorpecente. “Ele não hesita em contar para quem vendeu os produtos, nem de quem compra a droga”, disse o delegado.

As informações prestadas por Gustavo Silva muitas vezes têm ligação com traficantes que estão sendo investigados, mas isso não parece afetar o jovem. “Ele colabora e indica todas as pessoas. A gente vai montando esse círculo e fazendo o indiciamento”, afirmou o delegado.

“Ele vive nessa rotina de prisões, solturas e internações. Às vezes, ele fica internado, sai, tem uma recaída e volta a consumir a droga e praticar os furtos. A vida dele é essa”, resumiu.

O delegado informou que a cidade não tem clínicas especializadas na recuperação de dependentes químicos.