Desalojados de ocupação no Rio querem aluguel social e casa própria
Debaixo da chuva que castigou o Rio de Janeiro durante toda a segunda-feira (14), os desalojados da ocupação de prédio da Oi aceitaram terminar o acampamento de protesto que faziam, desde a última sexta-feira (11), em frente à prefeitura do Rio de Janeiro, em troca de serem incluídos em um cadastro para ganharem aluguel social e futuramente participarem de programas habitacionais. A decisão foi tomada após reunião entre lideranças dos desalojados e membros da prefeitura, com a participação da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Durante todo o dia, o clima foi tenso em frente à sede da prefeitura do Rio. Um confronto entre manifestantes e policiais acabou fechando duas pistas da Avenida presidente Vargas, além de causar ferimentos a um guarda municipal e a prisão de Rafael Rosa, acusado de portar maconha, agressão contra guarda municipal e resistência à prisão.
O integrante da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, Rodrigo Mondego, acompanhou a reunião e disse esperar que as autoridades municipais honrem a palavra empenhada. “Eles colocaram no papel que iriam avaliar [a situação], então nós esperamos que isso aconteça. Eles disseram que, com esse cadastro, poderão propor uma política pública [de habitação]. Então nós esperamos que eles cumpram e garantam esse direito humano fundamental, que é o direito à moradia. A prefeitura do Rio de Janeiro deu a palavra dela, que iria assistir quem necessitasse. Fomos testemunhas da palavra empenhada”, disse Mondego.
O prédio abandonado da Oi, no bairro do Engenho Novo, foi ocupado durante 11 dias por milhares de pessoas, vindas de diferentes comunidades. Entre elas, um ponto em comum é a busca da casa própria, pois a maioria não suporta mais pagar o preço dos aluguéis nas favelas, que praticamente dobraram de valor nos dois últimos anos. (com informações da Agência Brasil)
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