Polícia diz que concluiu 80% do inquérito sobre a morte de Bernardo
A Polícia de Três Passos (470 km de Porto Alegre ao noroeste gaúcho) informou que concluiu 80% do inquérito que apura as circunstâncias da morte do menino Bernardo Boldrini, 11. O corpo do garoto foi encontrado enterrado às margens de um rio na cidade vizinha de Frederico Westphalen.
O médico Leandro Boldrini, 38, pai do garoto, a madrasta Graciele Ugulini, 32, e a amiga do casal, Edelvania Wirganovicz, 40, estão presos e são considerados suspeitos do crime pela polícia.
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (23), a delegada Caroline Bamberg, que preside o inquérito, não descartou a possibilidade de pedir à Justiça a prorrogação das prisões, feitas no dia 14 de abril.
Segundo a policial, os laudos periciais dos exames no corpo de Bernardo estão demorando para para chegar e, dependendo de algum resultado, a apuração das evidências pode precisar de mais tempo.
"Não tenho ainda certeza em relação ao tempo devido às perícias. Acredito ainda que falte 20% do inquérito, mas pode vir uma perícia e darmos um passo para trás, voltando para 50%", disse Caroline.
O IGP (Instituto-Geral de Perícias) gaúcho afirmou que não tem previsão de quando entregará à delegada a conclusão do exame que apontará se Bernardo foi, de fato, vítima de uma injeção letal, conforme relato de Edelvania.
Nesse sentido, Caroline também comentou o que está declarando o advogado da assistente social, Demetryus Eugenio Grapiglia.
Ele defende que o depoimento de sua cliente aos policiais não tem validade porque ela não estava acompanhada de um defensor. A suspeita nega que tenha participado do assassinato; admite apenas a ocultação do cadáver.
"É direito dele peticionar", afirmou Caroline, sobre a intenção de Grapiglia em pedir a nulidade do depoimento de sua cliente.
Nesta quarta, em resposta ao pedido feito pelo advogado Jader Marques, que defende Leandro Boldrini, a Justiça negou que o processo e a investigação do caso fossem transferidos da cidade de Três Passos para Frederico Westphalen.
O argumento do defensor é que este último é o local em que Bernardo foi assassinado. O juiz Marcos Luís Agostini, porém, avaliou que a competência é da 1ª Vara Judicial de Três Passos, que deve receber a denúncia do Ministério Público, depois da conclusão do inquérito policial.
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