PMs investigados por morte de dançarino serão mantidos na corporação
Os policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, envolvidos no tiroteio ocorrido segunda-feira (21) à noite não serão afastados por enquanto, informou a assessoria de imprensa da CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora).
Na noite do dia 21, policiais da UPP foram checar a denúncia de que o chefe da quadrilha que controla a venda de drogas no Pavão-Pavãozinho estava na comunidade. Na versão da Polícia Militar, ao tentar chegar ao local, os policiais foram alvo de muitos tiros. Eles revidaram o tiroteio, mas tiveram que recuar.
Na manhã do dia seguinte, o corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva, o DG, 26, foi encontrado no pátio de uma creche, com ferimentos e uma marca de tiro. A mãe de Douglas, Maria de Fátima, acusa os policiais da UPP de terem torturado e matado seu filho.
A CPP diz que os policiais não sabiam que Douglas estava morto e só descobriram o corpo na manhã do dia seguinte, juntamente com peritos da Polícia Civil. Um procedimento apuratório foi aberto pela CPP e deve ouvir dez policiais que se envolveram no tiroteio.
As armas dos dez policiais militares foram recolhidas e estão guardadas pela PM, para o caso de a Polícia Civil precisar fazer alguma perícia, já que a Delegacia de Ipanema da Polícia Civil (13ª DP) também investiga a morte de Douglas. A polícia investiga ainda a morte de Edilson da Silva Santos, de 27 anos, morto com um tiro no rosto durante protesto de moradores que se seguiu à morte de Douglas.
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