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Vazão de rio piora, e Campinas tem plano caso seja necessário racionamento

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas (SP)

05/05/2014 15h56Atualizada em 05/05/2014 19h45

Neste fim de semana, a vazão do rio Atibaia, que abastece 95% de Campinas (93 km de São Paulo) e passa pela maior seca da história, voltou a ficar crítica: 6,6 m³/s (metros cúbicos por segundo), conforme o medidor da Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos. A cidade tem um plano de ação caso seja para um racionamento de água., segundo a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas), empresa de economia mista responsável abastecimento na cidade.

Segundo a a Sanasa, a redução na vazão é normal nos fins de semana, quando as pessoas ficam mais em casa e tendem a usar mais água.

Ainda conforme a empresa, o rodízio deve começar quando a vazão ficar abaixo dos 4m³/s.

Há dez dias, a vazão do Atibaia caiu para 8,9 m³/s e, desde então, o nível está cada vez mais baixo. Nesta segunda-feira (5), a vazão estava em torno de 8,6 m³/s, segundo a assessoria de imprensa da Sanasa.

O prefeito Jonas Donizette (PSB) tem pedido à população que economize água, mas reforça que o racionamento é uma decisão técnica, que depende da vazão do rio.

“O limite de 4 m³/s vai determinar a hora de racionar. O mais importante é que a cidade está preparada para dar início à medida, caso seja preciso”, disse o prefeito.

A quantidade de horas e os dias em que cada bairro ficará sem água também vai depender da quantidade de água no rio.

Região de Campinas

Moradores de ao menos cinco cidades do interior paulista já enfrentam racionamento de água – Valinhos, Vinhedo, Cosmópolis, Itu e São Pedro. Nenhuma delas tem mais de 200 mil habitantes. Caso Campinas passe a aderir ao rodízio, o número de moradores afetados com o racionamento naquela região pode passar de 1,5 milhão.

Em Valinhos (a 89 km de São Paulo), por exemplo, desde o início do racionamento, que deve durar ao menos até setembro, o consumo diminuiu 20%, o que representa uma economia de 7 milhões de litros de água por dia. A média de consumo antes da medida era de 37 milhões de litros diários.

Além do rodízio, outras medidas estão sendo tomadas para tentar amenizar o problema, como multar moradores flagrados desperdiçando água. Desde o início do racionamento, ao menos 120 moradores foram multados em R$ 336.