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Em semana de divulgação do PIB, IBGE inicia greve nesta segunda-feira

Do UOL, em São Paulo

26/05/2014 08h17Atualizada em 26/05/2014 14h55

Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começam nesta segunda-feira (26) uma greve em "defesa de democracia interna e valorização do corpo funcional”. A paralisação coincidirá com a divulgação dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2014, previstos para serem apresentados sexta-feira, no Rio.

Tantos os servidores em greve quanto o IBGE confirmaram a divulgação dos dados do PIB. Além dele, na semana que vem, deve ser divulgada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), com dados nacionais sobre o mercado de trabalho.

A publicação, que substituirá a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) --e avalia seis regiões metropolitanas--, chegou a ser cancelada pelo órgão e depois retomada.

A direção do sindicato dos servidores estima que a adesão chega a aproximadamente 60%. O IBGE contra atualmente com mais de 10 mil funcionários, sendo 5,7 mil empregados e 4,7 mil terceirizados.

A assessoria de imprensa do IBGE confirmou a paralisação, mas não soube estimar o nível de adesão ao movimento.

De acordo com Ana Magni, uma das diretoras da Associação de Servidores do IBGE, a categoria reivindica aumento do orçamento do órgão, para atender às metas de planejamento, a contratação de 4.000 servidores e equiparação salarial a funcionários de outros órgãos, como o Banco Central e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Temos milhares de vagas que precisam ser recompostas, aposentadorias crescentes, trabalho precário e temporário na ponta, que precisamos substituir, além de recomposição de salários condizentes com outros órgãos do Ministério do Planejamento”, disse Magni.

Sobre a divulgação do PIB, Magni disse que não é possível prever o impacto sobre a publicação, que está em estágio avançado. “Não sabemos ainda a intensidade e o ritmo da greve.”

Devem paralisar as atividades funcionários de Alagoas, do Amapá, Amazonas, Distrito Federal, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, Paraná, Rio Grande do Sul, de São Paulo, Santa Catarina e unidades do Rio de Janeiro. Novas assembleias estão previstas ao longo desta semana.

Os servidores também cobram participação nas decisões de gestão. “Reivindicamos participar das decisões sobre o futuro da instituição, nos moldes de outros órgãos que têm um congresso institucional que pensa, debate e escolhe seus dirigentes”.

Segundo Magni, a ideia é escolher gestores que não fiquem “à mercê de intempéries políticas e econômicas”.

“Juntamente com a sociedade, conseguimos manter essa publicação. A divulgação desses dados é uma questão de honra”, disse a diretora. (Com Agência Brasil e Reuters)