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Três linhas do metrô funcionam parcialmente; PM enfrenta grevistas

Do UOL, em São Paulo

06/06/2014 07h35

No segundo dia de greve dos metroviários de São Paulo, as três principais linhas do sistema voltaram a operar parcialmente nesta sexta-feira (6): a linha 1-azul opera da estação Paraíso à Luz, a linha 2-verde da Paraíso à Clínicas e a linha 3-vermelha de Bresser Mooca até Santa Cecília. As linhas 5-lilás e 4-amarela (privada) operam normalmente, com todas as estações abertas.

Hoje é também o segundo dia que os metroviários descumprem determinação da Justiça para que todas as linhas tenham funcionamento total durante os horários de pico. 

Com a greve e a chuva que atinge a cidade, o trânsito voltou a bater recorde nesta manhã. O rodízio voltou a ser suspenso.

Na estação Ana Rosa houve confronto entre policiais e funcionários grevistas que realizavam piquetes no local. De acordo com o Metrô, a operação das linhas foi iniciada parcialmente devido "ao impedimento da entrada de funcionários nos postos de trabalho por grevistas". Os policiais dispararam bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersas os trabalhadores.

As seguintes estações de integração entre CPTM e Metrô estão fechadas: Barra funda, Tamanduateí, Tatuapé e Corinthians-Itaquera. Apenas a Brás, Luz e Santo Amaro operam normalmente.

A estação Itaquera de trem abriu às 7h15. Ontem ela foi fechada preventivamente, o que resultou em tumultos e depredação no local.

A CTPM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) informou a circulação dos trens terá intervalos menores em todas as linhas durante a manhã e a tarde.

Usuários do microblog twitter relatam que o sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) é uma boa alternativa para chegar da estação Tucuruvi até a Luz.

Liberação das catracas

Em assembleia realizada na noite de quinta-feira, os metroviários decidiram prosseguir com a greve da categoria, que teve início na madrugada de hoje. Os trabalhadores aprovaram também a liberação das catracas para manter o Metrô funcionando e aceitaram que o ponto do dia fosse cortado para, segundo eles, minimizar os impactos da medida.

De acordo com os trabalhadores, a proposta só seria posta em prática se houvesse aprovação do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Metrô sustentou que a liberação de catracas está totalmente descartada por se tratar de medida ilegal.