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Ainda acima da média, congestionamento em São Paulo começa a diminuir

A avenida Rubem Berta, em São Paulo, apresenta trânsito intenso na manhã desta segunda-feira, como reflexo da greve dos metroviários - Renato S. Cerqueira/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
A avenida Rubem Berta, em São Paulo, apresenta trânsito intenso na manhã desta segunda-feira, como reflexo da greve dos metroviários Imagem: Renato S. Cerqueira/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/06/2014 09h44

A lentidão no trânsito de São Paulo começa a diminuir na manhã desta segunda-feira (9), segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). De acordo com o órgão, às 10h, o congestionamento em São Paulo totalizava 173 km, 11 km a menos que o registrado às 9h30.

Apesar da redução, o congestionamento em São Paulo nesta segunda-feira (9) ainda está 74% acima da média para o período. Hoje, a greve dos rodoviários chega ao seu quinto dia e o rodízio de veículos foi suspenso novamente.

As zonas que registraram maior congestionamento às 10h são oeste (44 km), leste (34 km) e sul (60 km). Na última sexta-feira (6), segundo dia da greve, São Paulo registrou o maior congestionamento de sua história, segundo a CET. Foram registrados 252 km de trânsito travado nos principais corredores da cidade às 10h30. O recorde, contudo, não é contabilizado pela CET, pois a companhia só considera para essa conta os dados registrados dentro da faixa do horário de pico, que vai das 7h às 10h.

De acordo com a CET, o recorde histórico de congestionamento em São Paulo foi registrado no dia 22 de maio de 2012, quando a lentidão nas principais vias de São Paulo chegou a 249 km às 10h. O segundo maior congestionamento registrado em São Paulo foi no dia 12 de novembro de 2012, com 245 km de lentidão. O terceiro maior foi registrado na última sexta-feira (6), com 239 km de lentidão. 

A greve dos metroviários se transformou na principal ameaça ao jogo de abertura da Copa, nesta quinta-feira (12), entre o Brasil e a Croácia. Um dos principais responsáveis pela segurança da Copa em São Paulo disse neste domingo (8) que a greve "é uma ameaça forte", por isso foi elaborado um plano para fazer com que as pessoas tenham acesso à Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste de São Paulo.

A Polícia Militar e o Exército criaram um plano de contingência para manter abertas as vias de acesso ao estádio e em operação metrô e trens que levam à arena. O comando da PM decidiu mobilizar 5.000 agentes.

 

Os líderes dos metroviários negam que a estratégia da categoria inclua a ameaça à abertura do Mundial da Fifa. "A Copa vai ter, o sindicato não quer acabar com a Copa. Sou torcedor de futebol, sou santista, gosto do Neymar e vou torcer pelo Brasil", disse o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Junior. "Tem a Copa, mas tem de ter dinheiro também para o trabalhador", afirmou.

Nesta segunda-feira (9), os grevistas ameaçam novos piquetes nas estações Ana Rosa e Bresser-Mooca, escolhidas porque servem de ponto de início das operações parciais das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) decidiu apoiar os grevistas, fazendo um ato às 7h na frente da estação Ana Rosa, com participação do Movimento Passe Livre (MPL). "Nós queremos que o governador Geraldo Alckmin reabra o diálogo, por isso vamos marchar até a Secretaria dos Transportes Metropolitanos", afirmou o líder do MTST, Guilherme Boulos.

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, os policiais da Tropa de Choque estão de prontidão e instruídos para "garantir o direito dos metroviários que desejarem trabalhar".