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Aeroviários do Rio farão paralisação de 24h a partir da 0h desta 5ª

Fila de check in no aeroporto Santos Dumont - Levy Ribeiro / Brazil Photo Press / Agência O Globo
Fila de check in no aeroporto Santos Dumont Imagem: Levy Ribeiro / Brazil Photo Press / Agência O Globo

Do UOL, em São Paulo

11/06/2014 20h39Atualizada em 11/06/2014 22h08

Os funcionários dos aeroportos do Rio de Janeiro anunciaram nesta quarta-feira (11) uma paralisação de 24 horas a partir da 0h desta quinta-feira (12), dia da abertura da Copa do Mundo.

A medida, tomada pelos trabalhadores para pressionar por melhores condições de trabalho e a assinatura da convenção coletiva de trabalho, afetará os aeroportos do Galeão e o Santos Dumont, segundo o Simarj (Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio de Janeiro), vinculado à Força Nacional. 

O sindicato decidiu não estender a paralisação ao aeroporto de Jacarepaguá, onde operam várias empresas de táxi-aéreo.

Os aeroviários são os profissionais do setor que trabalham em terra, como os atendentes de balcão de check in, manutenção, mecânicos, serviços gerais e engenheiros. Os pilotos e comissários de bordo fazem parte da categoria dos aeronautas, e não entrarão em greve.

A justiça decretou que 80% dos trabalhadores das empresas auxiliares e 70% dos funcionários das empresas de transporte aéreo mantenham suas atividades, destacou o presidente do sindicato, Rui Pessoa.

"Nós também somos brasileiros e torcemos pelo Brasil para que conquiste o hexacampeonato, mas após nove meses de intensas negociações frustradas, e devido à intransigência dos patrões", destaca comunicado do Simarj.

A categoria pede reajuste salarial que varia de 5,58% a 12%, dependendo da categoria, entre outros benefícios. A paralisação foi decretada pelo sindicato que reúne emissores de passagens aéreas, agentes de carga e agentes operacionais de rampa, por exemplo.

Em seu site, a entidade anuncia que há nove meses tenta negociar com os patrões, sem sucesso. São listadas reivindicações a três sindicatos diferentes, que englobam empresas aéreas e de táxi aéreo.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou nota sobre a paralisação, em que afirma estar "acompanhando a situação e os eventuais impactos nas operações".

"As empresas aéreas possuem planos de contingência elaborados para o período da Copa", afirma a Anac, que pode impor multa de R$ 4.000 a R$ 10 mil por infração cometida pelas empresas aéreas, como atraso nos voos.

O SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) disse que a greve está sendo convocada por um sindicato dissidente e que não pretende convocar uma paralisação em todo o país.

“Nós não vamos parar, não haverá greve, essa paralisação está sendo chamada por um sindicato dissidente e de menor representatividade", afirmou a representante do SNA no Rio de Janeiro, Selma Balbino.

"Nós não queremos parar porque obtivemos no nosso acordo com os patrões avanços sociais importantes como licença-maternidade de seis meses, entre outros, e o pessoal do nosso lado que pensou em parar viu o que aconteceu em São Paulo com os metroviários, com as demissões e multas e fechamos pela manutenção das atividades”, acrescentou a representante. Segundo ela, há seis mil aeroviários no Estado, e o Sindicato Nacional representa mais da metade.

O primeiro jogo a ser realizado no Rio é Argentina e Bósnia, que será disputado no próximo domingo (15), no Maracanã. (Com agências)