Com área para perícia preservada, começa demolição de viaduto em BH
O viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou por volta das 15h da última quinta-feira (3) em Belo Horizonte, matando duas pessoas e ferindo 23, começou a ser demolido às 9h30 desta segunda-feira (7), aproximadamente 90 horas após a tragédia.
A prefeitura tinha pressa na demolição para liberar o trânsito na avenida Pedro 1º, na Pampulha, onde também fica o Mineirão, por causa da partida entre as seleções do Brasil e da Alemanha nesta terça-feira (8). Além de estar na mesma região do estádio, a Pampulha, a avenida é a principal via de ligação do Aeroporto de Confins, na região metropolitana, com o estádio e uma das principais vias para o centro de Belo Horizonte.
Entretanto, o trabalho, que teria início no sábado (5), foi barrado pelo TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais, para que fosse preservada uma área de dez metros em torno do perímetro do pilar principal, que afundou cerca de seis metros, para o trabalho de perícia.
A área foi tampada com tapumes e fechada com cadeado. Somente os peritos terão acesso ao local. Uma estação de monitoramento topográfico mapeia, de 30 em 30 minutos, a situação do viaduto ao lado do elevado que desabou. Qualquer sinal de deslocamento pode interromper o processo de demolição.
Na noite deste domingo (6), o TJ-MG entendeu que, como a área foi cercada de tapumes e está preservada, a demolição poderia começar. Todo trabalho de demolição vai ser acompanhado pela equipe de peritos da polícia. Eles têm autoridade para suspender os trabalhos a qualquer momento, caso avaliem que os trabalhos possam comprometer o espaço delimitado pela corporação.
Uma área em torno de 50 metros no perímetro do viaduto foi isolada por segurança. Operários e máquinas da Prefeitura de Belo Horizonte, da Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital) e da construtora Cowan, responsável pela obra, vão fatiar o concreto e o aço da via, utilizando macacos hidráulicos, que funcionam como marteletes, destruindo os blocos de concreto. Esse material será transportado em caminhões para ser novamente fragmentados e descartados em outro local.
A Defesa Civil informou que a prioridade é fazer a demolição com segurança, evitando um desastre secundário e garantindo integridade de operadores e moradores do entorno.
A expectativa da Defesa Civil e da Cowan é que o trabalho tenha duração de 24 horas. A prefeitura não deu previsão de quando vai abrir o trânsito na avenida Pedro 1º e decretou feriado no dia do jogo.
Mortos
O desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes teve 23 feridos e dois mortos, ambos por veículos que foram esmagados pelo desabamento: Charles Frederico Moreira do Nascimento, 25, e a motorista do micro-ônibus, Hanna Cristina dos Santos, 26.
A jovem estava acompanhada de sua filha Ana Clara dos Santos, 5, que ficou ferida no acidente.
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