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Soldado é preso após matar acidentalmente colega dentro de quartel em MG

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

22/07/2014 12h26

Um soldado está preso desde a última sexta-feira (18) suspeito de matar um colega após um disparo acidental dentro do quartel general da 4ª Brigada de Infantaria Leve, situado na cidade de Juiz de Fora (278 km de Belo Horizonte).

Segundo nota divulgada pelo Exército, o soldado, que não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante. Conforme o texto, ele está confinado na unidade carcerária do 10º Batalhão de Infantaria Leve, situado na cidade mineira.

Inicialmente, as informações repassadas ao UOL pelo 1º tenente André Luiz Marinho davam conta de a vítima ter sido atingida por disparo do fuzil que portava. No entanto, a investigação apontou a participação de outro soldado no episódio.

"Houve o processo de investigação. Nesse processo, o militar veio a informar que o disparo saiu da arma dele. Ele estava de sentinela no seu posto, mas acidentalmente houve esse disparo. O projétil atingiu o outro militar, que veio a falecer. Foi feita uma perícia pela Polícia Civil e pela polícia do Exército’, afirmou o tenente-coronel Toni Fredman de Souza, chefe da Comunicação Social da 4ª Brigada.

O caso foi repassado à auditoria da 4ª Circunscrição de Justiça Militar. O nome do soldado morto, que tinha 19 anos, também não foi divulgado a pedido da família.

“Agora é a Justiça quem vai decidir sobre a situação desse soldado”, disse o oficial.

Conforme a nota, as duas famílias estão recebendo apoio psicológico, médico e religioso.

Fase final de treinamento

A vítima do disparo havia entrado para o Exército neste ano e estava na última fase do treinamento dado aos recrutas.

Após ser atingido, ele foi encontrado desacordado pelos colegas por volta das 7h. Em seguida, foi acionada uma unidade do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que prestou os primeiros socorros à vítima. Um médico da unidade móvel atestou a morte do soldado ainda no local.

Em uma nota divulgada no dia 18, a comunicação social da 4ª Brigada lamentou o óbito do soldado. O texto ainda informava a abertura de um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar as circunstâncias da morte do militar. O prazo previsto para a conclusão do IPM era inicialmente de 40 dias.