Acusados de chacina durante show de pagode em Belo Horizonte são absolvidos
Dois homens acusados da morte de três pessoas e tentativa de homicídio contra outras duas durante show de pagode em Belo Horizonte, em 2012, foram absolvidos em júri popular que se encerrou no final da noite desta terça-feira (22).
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), os jurados não reconheceram a participação de Luciano Beiral de Oliveira, 37, e Jean Paulo Santos da Fé, 21, no crime.
A ação aconteceu na noite do dia 26 de agosto de 2012, no restaurante Viola Encantada, situado no bairro São Geraldo, região leste da capital mineira.
Homens armados chegaram ao local e começaram a disparar contra os participantes, matando três pessoas e ferindo mais de dez pessoas. Um suspeito foi morto durante uma troca de tiros com a polícia.
O juiz Ronaldo Vasques, que presidiu o júri popular, determinou a expedição dos mandados de soltura dos réus. O Ministério Público (MP) afirmou que irá recorrer da decisão.
Durante o julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas, sendo que duas delas tiveram os depoimentos colhidos na condição de informantes.
Quando foram ouvidos, os réus negaram terem tido participação no episódio e disseram que estavam em outros locais no momento do tiroteio.
O Ministério Público contestou o álibi apresentados pela dupla e ainda buscou evidenciar um suposto temor que parentes das vítimas tinham dos acusados. No entanto, os argumentos não convenceram os jurados.
A defesa dos acusados alegou que detalhes repassados por uma das principais testemunhas seriam impossíveis de terem sido vistos à noite.
Relembre o crime
Conforme a acusação do Ministério Público, os dois réus, acompanhados de outros dois homens, deslocaram-se para o restaurante onde era realizado o show em motocicletas na tentativa de matar um rival na disputa pelo tráfico de drogas na região.
Segundo a denúncia, os suspeitos já entraram atirando no estabelecimento comercial. O alvo deles foi atingido por diversos disparos, mas outras pessoas também foram alvejadas.
Outro réu no processo foi julgado em novembro do ano passado em Belo Horizonte e condenado a 23 anos de prisão em regime fechado. O quarto envolvido no crime morreu em circunstâncias ainda não esclarecidas.
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