Topo

Justiça do Rio determina que "xerifa da Rocinha" retorne à prisão

"Xerifa da Rocinha" terá que voltar para o Rio de Janeiro, onde cumprirá pena em Bangu - Bandnews/Reprodução
"Xerifa da Rocinha" terá que voltar para o Rio de Janeiro, onde cumprirá pena em Bangu Imagem: Bandnews/Reprodução

Do UOL, no Rio

25/07/2014 18h06

A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta sexta-feira (25) que Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, retorne à prisão.

Denúbia, que é conhecida como "xerifa da Rocinha", havia deixado o complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, após ter sido beneficiada por um habeas corpus, que foi revogado hoje.

Para o desembargador Siro Darlan, que concedeu o alvará de soltura em favor de Danúbia há duas semanas, ela não colocaria em risco a ordem pública ou a "aplicação da lei penal".

Desde então, ela passou a cumprir prisão domiciliar em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e estava sendo monitorada por equipamento eletrônico.

Além disso, Darlan considerou que "o direito à convivência familiar é constitucional", já que Danúbia tem uma filha de quatro anos, fruto de seu relacionamento com o ex-chefe do tráfico na favela da Rocinha.

De acordo com avaliação médico-psiquiátrica, argumentou o desembargador, a menina vinha sofrendo com vários transtornos por causa da ausência da mãe e deixou de frequentar a escola na qual estava matriculada, no Mato Grosso do Sul.

Danúbia foi presa em abril desse ano. Na ocasião, escutas telefônicas revelaram que a função de Danúbia era responsável por repassar as orientações do chefe do bando, vindas da prisão, para os demais membros da quadrilha na comunidade.

Na mesma operação, desencadeada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF (DRE), cinco policiais militares lotados na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha também foram presos. O grupo da Rocinha teria ligações com o traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P, chefe do tráfico de drogas no Complexo da Maré capturado em março.