Topo

Criminosos fazem família refém durante ação policial em favela de Niterói

Do UOL, no Rio

22/08/2014 15h33

Cinco pessoas de uma mesma família foram feitas reféns por criminosos que fugiam de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro no morro do Caramujo, nesta sexta-feira (22), em Niterói, na região metropolitana do Estado. Não houve feridos durante a ação criminosa. Até o fim da manhã, segundo a polícia, três pessoas foram presas e dois menores, apreendidos.

Os quatro suspeitos que participaram do breve sequestro foram capturados posteriormente. Eles portavam uma submetralhadora e uma pistola calibre .45, de acordo com o delegado Marcus Vinícius Amin, da DHNSG (Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo). Antes disso, a polícia já havia detido uma mulher durante incursão pela comunidade.

"Nós estávamos cumprindo mandados de prisão referentes a morte do sargento Joílson quando uma equipe da Core entrou em embate com traficantes armados. Eles se evadiram por uma mata e posteriormente chegou a notícia de que eles teriam tomado cinco pessoas da mesma família como reféns", afirmou o delegado à rádio "CBN".

A operação da Polícia Civil tinha o objetivo de cumprir cinco mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento no caso do policial militar Joílson da Silva Gomes, morto em fevereiro deste ano. Os policiais contaram com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público.

Os homens com ordem de prisão em aberto não foram localizados. Ainda não há informações se os cinco suspeitos detidos nesta sexta têm algum vínculo com o caso do PM assassinado.

A operação começou às 6h e contou com cerca de 150 agentes. A rodovia Amaral Peixoto, principal via de ligação entre a região metropolitana do Rio e a região dos Lagos, ficou cerca de 30 minutos fechada, na altura do morro do Caramujo.

Os cinco suspeitos contra os quais há mando de prisão por suposto envolvimento na morte do PM Joílson são: Rodrigo da Silva Rodrigues, Alcindo Luiz Fernandes, Edson Batista da Nóbrega, Luiz Claudio Gomes, Bruno da Silva Gomes Conceição.

A vítima tinha 40 anos e morreu após ser atingida dentro do carro policial no momento em que deixava a comunidade do Caramujo, em fevereiro. Outros três suspeitos de envolvimento com o crime já estão presos. São eles Marielso Rocha Portugal, Deiveson Rodrigues e Vinícius dos Santos Marins.

Segundo investigação da Polícia Civil e do Gaeco, o PM teria sido por conta da proibição, por parte da polícia, do baile funk organizado por traficantes na favela. Também há chance de que o atentado contra Jaíson tenha ocorrido como retaliação a uma operação do 12º BPM (Niterói) na região, um dia antes da morte da vítima.