Dentro do previsto, implosão de viaduto quebra vidros da vizinhança em BH
A demolição da alça norte do viaduto Batalha dos Guararapes em Belo Horizonte neste domingo (14), 73 dias após o desabamento durante a Copa do Mundo, não comprometeu as estruturas dos prédios vizinhos, mas quebrou os vidros das janelas dos apartamentos, por conta do deslocamento e vibração de ar, de acordo com as primeiras avaliações que estão sendo feitas pelas equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do município.
"Praticamente todos os vidros dos apartamentos que ficam de frente para a avenida (Pedro 1º, via debaixo do viaduto implodido) foram quebrados. Aconselhamos os moradores a só voltarem para o imóvel quando as janelas forem recolocadas por causa do risco de ferimentos com cacos de vidro. Não há risco para a estrutura nos prédio", afirmou o coordenador da Defesa Civil Alexandre Lucas.
De acordo com o engenheiro responsável pela demolição, contratado pela responsável pela construção do viaduto, a Cowan, Fábio Bruno Pinto, as avarias nas janelas dos condomínios Antares e Savana, com 188 apartamentos os dois, já eram previstas.
"Não houve problema na questão do deslocamento e vibração de ar, que era nossa maior preocupação. Foi exatamente como tínhamos previsto. Deu tudo certo". afirmou Bruno Pinto.
A Cowan disse que vai arcar com todas as despesas e informou que já acionou vidraceiros que irão fazer a troca dos vidros e das janelas com avarias. Foi gasto R$ 1,2 milhão na demolição do viaduto. O valor está sendo custeado pela Cowan, que o construía. O inquérito realizado pela PC (Polícia Civil) de Minas Gerais sobre a tragédia só fica pronto em 60 dias.
A limpeza do entulho foi iniciada neste domingo (14), logo que a poeira causada pela implosão baixou. O entulho, sobretudo com material de aço e de concreto, será retirado no prazo de uma semana, quando o trânsito da avenida Pedro I será liberado.
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