Secretários da Prefeitura de Balneário Camboriú (SC) são presos em operação

Três secretários municipais, dois diretores e três funcionários públicos da Prefeitura de Balneário Camboriú (80 km de Florianópolis) foram presos durante uma operação do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual, nesta segunda-feira (15).

O esquema, investigado havia sete meses, envolvia ainda oito empresas, que pagariam propina aos agentes públicos para obter alvarás de construção ou serem vencedoras em licitações para compra de materiais para obras públicas.

Os crimes foram cometidos na construção do elevado da Quarta Avenida, na passarela da Barra, na pavimentação de ruas, e em outros empreendimentos, informou a Promotoria. Foram identificadas também facilidades no licenciamentos a empresas de construção civil, e mudanças na legislação que beneficiaram construtoras.

Os agentes públicos e as empresas, segundo o Gaeco, irão responder a processo pelos crimes de corrupção, peculato, tráfico de influência, fraudes em licitações e associação criminosa.

De acordo com a Promotoria, a operação também recolheu documentos em empresas de Joinville, Jaraguá do Sul, Guaramirim, Araquari, Porto Belo, Tijucas e Florianópolis.

A operação apreendeu documentos, computadores e celulares nas casas dos servidores públicos e também em empresas.

O procurador-geral do município, Marcelo Freitas, disse que “as prisões abalam a imagem da Prefeitura num primeiro momento, mas que eles estão dispostos a colaborar com o Gaeco e se houver culpados serão punidos”.

Plano Diretor

Em 2006, a Câmara de Balneário Camboriú aprovou o Plano Diretor em vigor. A proposta não limita a altura das construções.

A cidade do litoral catarinense, com 120 mil habitantes, antes conhecida por suas belezas naturais, possui uma das maiores densidades de prédios do Brasil –e alguns dos mais caros.

O maior residencial do país foi inaugurado em 2013 em Balneário Camboriú. É o Villa Serena, com 160 metros de altura.