Homem é morto por PMs em confronto em UPP do Complexo de Alemão, no Rio

Um dia após o início de uma operação para cumprimento de 41 mandados de prisão contra suspeitos de tráfico de drogas no complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, um homem foi baleado e morto durante confronto com policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Nova Brasília, dentro do complexo, na tarde desta sexta-feira (19).

De acordo com a CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora), policiais da unidade faziam patrulhamento de rotina, por volta das 14h, quando "se depararam com um grupo de bandidos armados que efetuou disparos contra os agentes". O confronto aconteceu em uma região conhecida como Loteamento.

Segundo a assessoria de comunicação das UPPs, os PMs "revidaram" e o grupo conseguiu escapar, mas um dos suspeitos foi atingido. Em seguida, os policiais foram informados que o ferido deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Alemão e não resistiu aos ferimentos.

Ainda de acordo com CPP, os policiais encontraram uma pistola de calibre 9 milímetros, um carregador com munições e entorpecentes na área onde ocorreu o confronto. "Ações de varredura estão sendo realizadas em busca dos outros envolvidos no incidente", informou a coordenadoria, em nota oficial.

Operação

Realizada pela Seseg (Secretaria Estadual de Segurança do Rio de Janeiro) e pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio), a "Operação Urano" terminou com 25 pessoas detidas --21 em cumprimento dos mandados de prisão da operação de hoje e quatro menores apreendidos. Entre os detidos, está Edson Silva de Souza, conhecido como "Orelha", apontado como um dos chefes do tráfico na região.

Segundo a denúncia oferecida à Justiça pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, o grupo é responsável por ataques a ônibus, às UPPs e até a uma UPA. Desde o início do ano, seis PMs que trabalhavam nas UPPs de Alemão ou Penha morreram na região dos dois complexos, após ataques de traficantes.

A Polícia Militar já havia tentado realizar operação semelhante em julho, com mais de 500 PMs e o resultado de somente um preso. Houve suspeita de vazamento da operação.