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"Ele não era louco", diz irmão de homem que atirou em médico e se matou

O médico Anuar Mitre - Letícia Moreira - 25.out.2011/Folhapress
O médico Anuar Mitre Imagem: Letícia Moreira - 25.out.2011/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

21/09/2014 23h11Atualizada em 21/09/2014 23h18

O engenheiro José Forti, irmão do ex-médico do trabalho Daniel Edmans Forti, que se matou depois de atirar no urologista Anuar Ibrahim Mitre, disse que o irmão ‘não era louco’ e que seu gesto ocorreu por ele estar deprimido por estar impotente. O ex-médico sentia fortes dores que o impediram de trabalhar.

Forti havia sido submetido a uma operação na uretra realizada por Mitre em 2012. As informações são do programa “Fantástico”, da TV Globo.

“Ele não era louco. O que mais o incomodava era dor, [ele] não aguentava. Entrou em depressão”, disse José Forti.

Ainda segundo o irmão, Daniel não conseguia mais viver normalmente, nem trabalhar. E tais sintomas teriam surgido após a cirurgia realizada por Mitre, médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

“Antes da cirurgia, as funções funcionavam, vamos dizer assim”, disse José.

O urologista está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Sírio-Libanês, sem previsão de alta.

Embora tivesse deprimido, José disse que no dia do suicídio o irmão não apresentava comportamento diferente.

““No dia que aconteceu isso, ele estava normal. De manhã, ele cuidou do jardim. Foi um dia normal”, disse José Forti.

Daniel Forti atirou contra o urologista na segunda-feira (15), dentro do consultório do especialista, na Bela Vista (região central), e se matou em seguida.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de vingança do atirador, por estar descontente com os resultados da cirurgia. No entanto, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) concluiu que não houve erro na cirurgia executada por Mitre.