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Após ataques, Força Nacional vai garantir "ordem pública" por 30 dias no MA

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

24/09/2014 11h38

O Ministério da Justiça informou nesta quarta-feira (24) que autorizou o envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública para atuar no policiamento por 30 dias no Maranhão. O prazo, porém, pode ser prorrogado, caso necessário.

A Força Nacional está no Maranhão desde outubro de 2013 para atuar no sistema prisional, que enfrenta uma crise pelo controle de facções criminosas

A autorização do Ministério veio após pedido do governo do Estado. Do último sábado (20) a segunda-feira (22), pelo menos 16 veículos foram incendiados nas ruas de São Luís. A ordem partiu de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Em nota, o ministério informou que o envio de tropas “ocorre em caráter episódico, temporário e planejado, para ajudar nas ações de preservação da ordem pública, segurança das pessoas e do patrimônio na cidade de São Luís e na região metropolitana após ataques sucessivos a ônibus e veículos particulares ocorridos nos últimos dias”.

A quantidade de policiais enviados não foi informada. Em São Luís, a operação terá apoio logístico e supervisão dos órgãos de segurança pública do Maranhão.

Por conta dos ataques, os rodoviários paralisaram as atividades nas noites do sábado e desta terça-feira, temendo novos ataques. Nesta quarta-feira, eles se reúnem para decidir se mantém os ônibus na garagem.

Ataques

Desde sábado até a madrugada de segunda-feira, oito ônibus foram incendiados e outros oito veículos foram atacados em vários bairros da capital maranhense. Não houve registro de feridos.

Os ataques começaram com cinco ônibus incendiados no sábado e domingo. Eles coincidiram com um momento de tensão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, que registra motins, fugas e mortes nos últimos dias

Na segunda-feira, os ataques se intensificaram e seis carros que estavam em uma garagem da Secretaria de Estado da Segurança Pública, no bairro do Radional, foram incendiados.

Outros três ônibus que estavam na garagem da empresa Gonçalves, localizada no bairro do Anil, também foram destruídos em incêndios. Uma concessionária na avenida dos Africanos foi alvo de criminosos, que atearam fogo em duas caminhonetes, as deixando completamente destruídas.

Pelo menos 21 pessoas –entre adolescentes e adultos-- foram detidas no fim de semana e na segunda-feira suspeitas dos ataques. A polícia reformou a segurança nas ruas para prevenir novos ataques.