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RS: Jovens de classe alta suspeitos de traficar ecstasy "mortal" são presos

Policiais apreenderam em Porto Alegre 500 comprimidos de ecstasy, cerca de R$ 1.000 em espécie, munição para armas de caça e uma pistola .380 - Divulgação/Polícia Civil do Rio Grande do Sul
Policiais apreenderam em Porto Alegre 500 comprimidos de ecstasy, cerca de R$ 1.000 em espécie, munição para armas de caça e uma pistola .380 Imagem: Divulgação/Polícia Civil do Rio Grande do Sul

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

23/10/2014 21h15

Dois jovens de classe alta, filhos de donos de uma casa noturna e uma loja de material de construção, foram presos nesta quinta-feira por tráfico de drogas, em Porto Alegre. Os rapazes de 23 e 24 anos são suspeitos de traficar um tipo de ecstasy ainda mais nocivo, que possui em sua fórmula estricnina - veneno de rato.

As prisões ocorreram nesta manhã em casas de luxo nos bairros Jardim Planalto e Vila Ipiranga, na zona norte da cidade.

Foram cumpridos mandados de prisão e de busca, que resultaram ainda na apreensão de 500 comprimidos de ecstasy - do tipo conhecido como "tic love rosa" -, cerca de R$ 1.000 em espécie, munição para armas de caça e uma pistola .380.

"Trata-se de uma organização criminosa responsável pela distribuição de grande quantidade de drogas sintéticas em festas raves de Porto Alegre", explica o delegado Rafael Pereira, da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico do Denarc (Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico) da Polícia Civil do RS.

A polícia não divulgou o nome dos presos - nem o da casa noturna da qual o pai de um deles é dono - para não atrapalhar as investigações, que já duram um mês.

Os investigadores dizem, porém, que um dos presos facilitava a entrada do ecstasy na boate da família, onde a droga era vendida a 50 reais o comprimido, e em academias.

Ambos não possuíam antecedentes criminais. Chamou a atenção dos policiais o padrão de vida da dupla, que não dependia da venda do entorpecente para se manter. 

A droga, segundo foi levantado pela investigação, chegava a Porto Alegre de Santa Catarina, transportada pela própria dupla.

Até agora, a apreensão de ecstasy no RS já supera em três vezes a quantidade apreendida em todo o ano passado.

"Estamos batendo todos os recordes de apreensão deste tipo de droga na história da Polícia Civil [gaúcha]", avalia o delegado Cleber Lima, do Denarc. Em 2013, foram 1.751 comprimidos, enquanto em 2014 jã são 5 mil.