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Com seca, preço da água mineral aumenta mais de 12% em um ano em SP

Fabiana Maranhão

Do UOL, em São Paulo

24/10/2014 06h00

Em meio à crise de falta de água, está mais caro comprar água mineral na capital paulista. O preço desse item aumentou 12,34% no último ano em São Paulo, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Esse percentual supera o índice geral dos preços, que foi de 5,45% no mesmo período. De janeiro até setembro, período que a crise se agravou, o aumento foi de 6,42%, também maior que o índice geral, que foi de 3,79%.

O analista de sistemas Gustavo Coutinho, 29, que mora na zona sul da capital, passou a comprar um galão de 20 litros de água mineral por R$ 8. O valor é R$ 1 a mais do que ele pagava há dois meses, um aumento de 12,5%.

Ele consome um garrafão de água a cada três semanas. "Acho caro, mas não tenho como fugir. Já pensei em comprar um filtro, mas pela quantidade que consumo, não parece interessante ainda. Fora que posso ficar sem água da rua", diz.

Aumento nas vendas

A elevação no preço pode ser explicada pela maior procura pela água mineral. As principais redes de supermercado têm registrado aumento das vendas na capital, na Grande São Paulo e no interior do Estado.

O Walmart informa que houve crescimento de 50% no comércio do produto entre janeiro e a primeira quinzena de outubro em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a rede, as embalagens de água mais vendidas são de cinco e dez litros.

O Extra e o Pão de Açúcar registraram aumento de 37% na venda de água mineral na primeira quinzena de outubro em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com o Grupo Pão de Açúcar, que controla as duas redes de supermercado, as garrafas de cinco, seis, e dez litros, além dos pacotes promocionais, são os mais comercializados.