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PM do Rio investiga sumiço de 28 armas do Choque e prende policiais

Do UOL, no Rio

29/10/2014 21h41

A Polícia Militar do Rio de Janeiro está investigando o sumiço de 28 armas que estavam nas dependências do BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque), no bairro do Estácio, zona norte da capital fluminense. O desaparecimento foi percebido na manhã desta quarta-feira (29), quando policiais observaram que a reserva de armamento do Centro de Manutenção de Materiais estava aberta, às 6h.

De acordo com a PM, a equipe que estava de serviço foi presa administrativamente e está sendo ouvida pela 1ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária.

A área foi isolada e começou a ser periciada por uma equipe do Centro de Criminalística. Depois que o armamento foi conferido, constatou-se a falta de 23 pistolas calibre .40, além de cinco armas pessoais de policiais que estavam em serviço.

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que por se tratar de crime militar, a investigação seria feita apenas pela PM.

Operação

Também nesta quarta, as polícias Civil e Militar do Rio deflagaram uma operação de repressão ao tráfico de drogas em oito favelas da zona norte da capital fluminense, localizadas nos bairros de Costa Barros, Pavuna, Ricardo de Albuquerque, Barros Filho e Guadalupe. Entre o material apreendido pelos agentes há um "kit antitumulto" - equipamento usado pela Polícia Militar durante protestos populares que, nas ruas da capital, ganhou o apelido de "Robocop".

A Seseg (Secretaria Estadual de Segurança) ainda não informou como o equipamento, de uso da PM, chegou aos criminosos. Segundo a secretaria, o kit apreendido é "semelhante" ao usado por policiais do BPChoque. Além do kit, foram apreendidos quatro fuzis, uma réplica de arma, quatro pistolas, três coletes à prova de balas e 100kg de maconha. Quatorze pessoas foram presas na ação (uma mulher e 13 homens) e um menor, apreendido. A polícia ainda recuperou 11 veículos roubados, sendo dez carros e uma moto.

Por conta da operação, pelo menos 12.703 estudantes ficaram sem aulas, segundo a a Secretaria Municipal de Educação.

Segundo a Seseg, um dos objetivos da ação é mapear o território e levantar informações mais detalhadas sobre essas comunidades. Os dados devem ser usados em futuras operações. Não havia registro de troca de tiros.

Para realizar incursões pelas favelas do Chapadão e da Pedreira, PMs utilizam seis veículos blindados --conhecidos popularmente como "caveirões"-- e três helicópteros especiais, dos quais dois possuem imageadores aéreos.

Os policiais civis, por sua vez, atuam com o apoio de dois blindados e uma aeronave. Eles estão nas comunidades Proença Rosa, Mata Quatro, Mundial, Chaves, Joana D'arc e Eternit.

No total, participam da ação 262 policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais), do BPChoque, do BAC (Batalhão de Ações com Cães) e do GAM (Grupamento Aeromóvel), e 80 policiais civis da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, da Delegacia de Combate às Drogas e da Delegacia de Roubos e Furtos.