RJ: homens achados em carro podem ter sido mortos por comparsas, diz jornal
Investigadores da DH (Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro) apuram se os cinco homens encontrados mortos dentro de um carro na rua General Gustavo Cordeiro de Farias, nas proximidades da favela da Mangueira, em Benfica, zona norte do Rio, na manhã de quinta-feira (30), foram assassinados por traficantes da facção TCP (Terceiro Comando Puro), da qual as vítimas também fariam parte, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (31) pelo jornal "Extra".
O TCP é uma das facções que disputa o controle das bocas de fumo da Mangueira, onde há uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). De acordo com o jornal, o crime teria ocorrido por vingança. Os cinco homens teriam feito disparos contra moradores em um campo de futebol na Mangueira, e a ação provocou a morte do adolescente Caio Martins Ferreira, 17, além de ferir outras três pessoas.
No veículo onde os cinco corpos foram encontrados, havia um cartaz com a seguinte mensagem: "Vida paga com vida. Matou inocente, morreu. Não aceitamos covardia". A reportagem do UOL entrou em contato com a Polícia Civil, por e-mail e por telefone, a fim de obter mais detalhes sobre a investigação, porém não houve resposta até o fechamento desta matéria. O Governo do Estado transferiu o feriado do Dia do Servidor, que foi na terça-feira (28), para esta sexta, e todos os órgão estaduais estão em regime de plantão.
Ontem (30), o delegado titular da DH, Rivaldo Barbosa, disse, em entrevista à "Rádio CBN", que dois dos cinco mortos já tinham mandados de prisão expedidos: Ederson Figueiredo e Artur da Silva. E um deles é dissidente do Comando Vermelho, facção que domina a favela, e integrou o Terceiro Comando Puro, que tenta tomar o tráfico no local.
O policiamento no Morro da Mangueira chegou a ser reforçado nos acessos e no interior da comunidade, por policiais deslocados de outras Unidades de Polícia Pacificadora para dar suporte à UPP da favela da zona norte. Na noite de quarta-feira (29), depois do enterro de Caio, moradores da Mangueira fizeram um protesto, reprimido pela polícia com bombas de efeito moral.
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