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Indaiatuba (SP) encerra racionamento após recuperação de reservatórios

Rio Capivari-Mirim, uma das principais fontes de abastecimento de Indaiatuba (SP) - Giuliano Miranda/DCS-SAAE
Rio Capivari-Mirim, uma das principais fontes de abastecimento de Indaiatuba (SP) Imagem: Giuliano Miranda/DCS-SAAE

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas (SP)

05/11/2014 13h52Atualizada em 05/11/2014 14h31

O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Indaiatuba (a 103 km de São Paulo) anunciou na manhã desta quarta-feira (5) a suspensão do rodízio de água.
Implantada há 20 dias, a medida foi encerrada em razão das chuvas dos últimos dias e da conclusão de obras no sistema de saneamento, que recuperaram ao menos 70% dos reservatórios que abastecem a cidade. Das cinco cidades da região metropolitana de Campinas que adotaram algum tipo de racionamento, Indaiatuba é a primeira a suspendê-lo.

“Quando demos início ao rodízio, notamos um desespero da população por causa da situação nas cidades vizinhas. As pessoas começaram a armazenar água, o que resultou em um período de 'superconsumo'. Mas, após uma campanha de conscientização e notificação, conseguimos reduzir o consumo em 30%, o que também contribuiu para a melhora da situação. Com as obras concluídas e as chuvas, temos água garantida para toda a população por pelo menos mais 30 dias”, explicou Nilson Gaspar, superintendente do SAAE, que não descartou um novo racionamento, caso seja necessário.

De acordo com Gaspar, hoje os 51 reservatórios e as 21 represas que abastecem Indaiatuba estão cheios. “Entre segunda-feira e ontem (4) choveu 71 milímetros na cidade, melhorando, além da vazão, a qualidade da água”, afirmou. Gaspar explicou também que o rodízio é uma decisão técnica e que em Indaiatuba o fechamento e abertura constantes no sistema proporcionaram um aumento de 200% nos problemas da rede. “O número de problemas na rede aumentou muito. Foram muitos transtornos durante o rodízio, também por isso decidimos suspendê-lo”. Mesmo com o fim da medida, o SAAE alerta para que a população continue economizando água.

As outras quatro cidades da região que adotaram racionamento ainda não têm previsão para suspendê-lo. Valinhos (a 89 km de São Paulo) estuda ampliar a medida de 36 horas para 48 horas semanais, caso a situação não melhore nos próximos dias. 

Artur Nogueira (a 148 km de São Paulo) foi o último município a iniciar o racionamento. Desde o fim de semana passado, a população enfrenta 24 horas de torneiras secas e 12 horas de abastecimento. Em agosto, a prefeitura já havia decretado estado de emergência e passou a multar os moradores flagrados desperdiçando água.

Nos últimos dias, a represa do Cotrins, que abastece 80% da cidade, praticamente secou, levando o Saean (Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira) a adotar o racionamento. As outras cidades da região que estão racionando água são Vinhedo e Santo Antônio de Posse.