Ambulantes criam chuveirinhos improvisados para chamar clientes no Guarujá
Ambulantes que trabalham em carrinhos de pastéis e de bebidas na orla do Guarujá (a 86 km de São Paulo) têm um chamariz adicional aos produtos que vendem: chuveirinhos improvisados, fincados na areia e na direção de seus estabelecimentos.
Comerciantes dizem que investiram na ideia há três anos porque, diferentemente de Santos (72 km de São Paulo), não há chuveiros públicos nas praias. "Se eu não tiver, o cliente vai para a barraca ao lado", afirma Maria da Glória Matos, que trabalha com o marido há 26 anos na praia de Pitangueiras.
O chuveiro foi feito por um profissional particular. Custou R$ 750 quando foi comprado. Consiste em um cano fincado na areia até atingir a água do mar. O líquido é bombeado manualmente pelo banhista e sai por um bocal em formato de ducha. Mesmo quem não é cliente pode usar o serviço.
Essa, aliás, é uma crítica de Maria e seu marido, Élio de Souza Alves. "Não há banheiros públicos. Para usar um, temos de ir a um restaurante, que cobra R$ 4", queixa-se Alves.
Movimento
Apesar de o movimento nas praias não ser intenso neste primeiro dia do feriado prolongado da Consciência Negra, comerciantes da orla de Guarujá se dizem satisfeitos com o volume de clientes. Para eles, o número de frequentadores será maior até domingo.
"De zero a dez, dou nota sete para o feriado", classifica Sandro Ricardo Campos, gerente geral de um restaurante à beira-mar na praia de Pitangueiras -- um dos centros comerciais e de lazer mais procurados da orla.
Campos, porém, acredita que o faturamento seria melhor se o Dia da Consciência Negra fosse feriado em mais cidades. "Temos muita dependência dos paulistanos", comenta.
Ainda assim, o comércio comemora o início do feriado estendido. "Está sendo ótimo. Abri este quiosque há uma semana e acho que o movimento vai crescer", opina Luiz Afonso de Almeida, permissionário de outros dois quiosques na praia da Enseada.
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