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Praia de Icaraí, em Niterói, supera IDH da zona sul do Rio

Vinícius Lisboa

Da Agência Brasil, no Rio

25/11/2014 17h07

Com os metros quadrados mais caros do país em bairros como Leblon e Ipanema, a zona sul do Rio de Janeiro não registrou o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da região metropolitana fluminense, que ficou com a praia de Icaraí, em Niterói. Enquanto, em 2010, o IDH-M da capital fluminense e entorno foi 0,771, a área nobre de Niterói registrou 0,962. O IDH-M varia entre 0 e 1: quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de um Estado, município ou, no caso, de região metropolitana.

Empatados em segundo lugar, com 0,959, estão as UDHs (Unidades de Desenvolvimento Humano) Jardim Botânico/Parque Lage, São Conrado, Pasmado e Praia do Flamengo/Morro da Viúva – todas na zona sul da capital.

As áreas que ficaram entre os 20% com maior IDH-M na região metropolitana do Rio se concentram na capital e em Niterói, à exceção de pontos de maior desenvolvimento em partes centrais das outras cidades, como São Gonçalo, Seropédica, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Maricá, Paracambi e Duque de Caxias.

Em Niterói, cidade do Estado com o maior índice de desenvolvimento, as áreas mas desenvolvidas estão no centro, na zona sul, onde fica Icaraí, e na região oceânica. Já no Rio de Janeiro, além da zona sul, a região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá – na zona oeste, têm grandes áreas entre os maiores desenvolvimentos. Ainda na porção oeste da cidade, áreas centrais de Campo Grande, Bangu e Santa Cruz também ultrapassaram IDH de 0,824. Na zona norte, a grande Tijuca e o grande Méier, a Ilha do Governador, Madureira, Penha e Irajá são algumas da áreas com maior IDH.

Favelas como Rocinha, Vidigal, Babilônia, Chapéu Mangueira, Dona Marta e Cantagalo são algumas das áreas onde, apesar de estarem na zona sul, não estão incluídas entre as regiões de maior IDH. A Rocinha, por exemplo, está nos 20% menores IDHs do estado, que incluem os locais que ficaram abaixo de 0,666. Na zona norte, os complexos da Maré e do Alemão também figuram como áreas menos desenvolvidas, assim como as favelas ao redor da Tijuca, apesar de estarem ao lado de áreas que fazem parte do grupo mais desenvolvido.

As áreas com menor IDH estão concentradas nos municípios de Itaboraí, Queimados e Japeri. O menor IDH registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro foi 0,591, nas localidade de Santo Antônio, Santa Amélia/Parque dos Dinossauros, ambas em Japeri, e no Complexo Penitenciário da mesma cidade.