Cadeirante e bailarina são eleitas novas musas do topless do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro ganhou duas musas do topless. A organização do concurso fotográfico "Nova Musa do Toplessaço" anunciou nesta quarta-feira (17) a eleição das vencedoras, uma pelo júri oficial e a outra por voto popular: Natache Iamaya, 32, que desde os 13 anos convive com uma doença degenarativa e vive em uma cadeira de rodas, e Karla Klemente, 31, bailarina, coreógrafa e atriz, respectivamente.
O concurso, lançado no dia 1º de novembro pela cineasta e jornalista carioca Ana Paula Nogueira, recebeu 50 inscrições e selecionou dez delas para disputar o título de melhor topless. Além da foto, as participantes tiveram que mandar um pequeno texto explicando a razão pela qual pretendem representar a cidade. Segundo a organizadora, as duas escolhidas "são a prova de que não existe uma beleza absoluta".
Ao saber do resultado, a vencedora escolhida pelo júri oficial, que é portadora da Ataxia de Friedrich, enfermidade que causa perda da coordenação motora e do tônus muscular, afirmou que sua intenção não é se tornar famosa, sim "plantar uma sementinha na cabeça das pessoas para refletirem em vez de julgarem fatos e pessoas que desconhecem através de pré-conceitos".
"Fiz trabalhos como modelo cadeirante e reparei que esse universo é altamente restritivo à deficientes porque sempre buscam meninas e meninos que apresentem os padrões de beleza pré-existentes", declarou Natache ao concurso.
Karla Klemente, eleita pelo voto popular, afirmou que, desde criança, por meio da dança, estabeleceu uma relação natural com o próprio corpo. "A dedicação à dança me levou a ter um corpo saudável de forma prazeirosa, instintiva e sadia", disse.
As vencedoras vão ganhar um book profissional e vão iustrar a edição de janeiro de revista "The Beach", além de serem destaque de todos os eventos do movimento.
"Toplessaço"
Ana Paula Nogueira foi a idealizadora do evento "Toplessaço" --que propôs, em dezembro de 2013, o primeiro topless em massa na praia de Ipanema, na zona sul do capital fluminense, mas que acabou atraindo mais jornalistas e curiosos do que manifestantes. O concurso fotográfico foi, segundo ela, um desdobramento dessa iniciativa.
"Ter uma nova musa que represente isso é uma coisa que a gente já vem pregando há bastante tempo. O concurso segue a mesma proposta de pedir o fim do preconceito e dos estereótipos em relação à beleza. Por esse motivo, abrimos o concurso para mulheres em geral, não apenas modelos", disse ela.
O júri oficial foi formado por dez pessoas, entre elas o cantor Otto, o empresário Sérgio Mattos (diretor da agência 40º Models) e o fotógrafo Marcelo Faustini.
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