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Presos do PCC fazem quatro agentes reféns em presídio de Maringá (PR)

André Almenara/UOL
Imagem: André Almenara/UOL

Carlos Ohara

Do UOL, em Maringá (PR)

30/12/2014 13h35Atualizada em 30/12/2014 20h42

Quatro agentes penitenciários permanecem como reféns na Casa de Custódia de Maringá, na região norte do Paraná, em rebelião iniciada na tarde de segunda-feira (29). Negociadores do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Curitiba negociam a liberação dos funcionários. Um agente foi solto após a chegada do secretário de Segurança, Fernando Francischini. Delegado Federal licenciado, ele assumiu as negociações com os detentos.

Os presos mantém os reféns sob ameaça de estoques (arma branca artesanal) encostados na garganta. Dois agentes foram liberados mais cedo, durante as primeiras horas do motim. Um deles sofreu perfurações e foi removido para um hospital da cidade.

A rebelião está concentrada em um bloco da unidade, onde há 120 presos, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Os agentes foram dominados quando recolhiam os presidiários para as celas, após o banho de sol.

Os presos exigem modificação no tratamento dispensado à familiares durante o horário de visitas - que seria realizado com truculência pelos agentes -, liberação do uso de algemas durante transferências internas, melhorias na alimentação e no atendimento médico.

As exigências foram apresentadas pelo preso Sidnei de Souza Leopoldino, que segundo informações de policiais no local, é um dos líderes no Paraná da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Familiares dos detentos se concentraram na parte externa do presídio, logo após o início do motim, reclamando contra a atuação dos agentes.

A polícia instalou um cordão de isolamento, mantendo família e imprensa afastados do portão. Batalhões de Choque de Maringá e Londrina cercam o local.

A Casa de Custódia de Maringá tem capacidade para 654 homens. Atualmente 636 pessoas cumprem pena no local. É a 24ª rebelião que ocorre no Paraná neste ano e a primeira após a posse de Francischini.