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Morre vítima de atropelamento que atingiu 15 pessoas em congado em MG

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

03/01/2015 10h06

Morreu nesta sexta-feira (2) a agente de saúde Simone Martins, 39, atropelada há uma semana com outras 14 pessoas durante uma festa de congado em São Tomás de Aquino (MG), a 428 Km de Belo Horizonte.

A agente de saúde estava internada na Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso (396 Km da capital). De acordo com o hospital, ela sofreu fraturas graves principalmente nas regiões pélvica e abdominal, e morreu por falência múltipla de órgãos.

Das outras oito vítimas que foram levadas para a Santa Casa de São Sebastião do Paraíso, cinco tiveram alta e duas permanecem internadas: Jair dos Reis de Oliveira, 49, que está em estado grave e corre o risco de morrer, e Paulo César da Cruz, 36.

Uma oitava vítima internada, Silésio Martins, 41, marido da agente de saúde, atropelado junto com a esposa, teve de amputar uma das pernas, também nesta sexta-feira, e foi transferido para um hospital do município de Passos (371 Km de Belo Horizonte). Martins, além disso, está com um quadro de insuficiência renal e corre o risco de ficar tetraplégico.

O hospital não soube dizer se ele foi informado da morte da mulher. Simone Martins tinha completado 39 anos na quinta-feira (1º) e deixou dois filhos, de 6 e 14 anos.

Crime, fuga e castigo

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, com a morte de Simone Martins, a acusação de tentativa de homicídio contra Cláudio Munic Neto, 19, acusado pelo atropelamento e detido no presídio de São Sebastião do Paraíso desde o dia da tragédia, passa a ser a de homicídio.

De acordo com a polícia, na madrugada de 26 de dezembro, Munic Neto dirigia uma Fiat Strada branca, perdeu o controle do veículo, bateu em três carros e num cavalete, e atropelou as 15 pessoas (entre elas duas crianças, que tiveram ferimentos leves) que participavam da festa de congado.

Ainda de acordo com os policiais, a rua do município de 7 mil habitantes estava interditada para a festa. O Fiat Strada estaria com o farol apagado e na carroceria do automóvel de Munic Neto havia um barril de chope.

Após o atropelamento, ele ainda tentou fugir do local, mas foi perseguido por pessoas que participavam do congado e que o agrediram antes da chegada da polícia. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas por apresentar sintomas de consumo de álcool, foi preso em flagrante. Antes de ser encaminhado para o presídio de São Sebastião do Paraíso, Munic Neto precisou ser atendido na emergência da Santa Casa por conta da surra que levou.

O UOL não localizou o defensor de Munic Neto neste sábado (3) para comentar o caso.