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Corpos de praticantes de rapel atacados por abelhas são resgatados no RS

Bombeiros resgataram feridos em rapel, no RS; operação feita de helicóptero foi delicada - Cid Martins/Agência RBS/Agência O Globo
Bombeiros resgataram feridos em rapel, no RS; operação feita de helicóptero foi delicada Imagem: Cid Martins/Agência RBS/Agência O Globo

Do UOL, em Porto Alegre

26/01/2015 18h57

Os corpos dos dois praticantes de rapel que caíram depois de serem atacados por abelhas em um rochedo no interior do Rio Grande do Sul foram resgatados nesta segunda-feira (26). Ronei Marcelino Pinto, de 47 anos, e Jean Carlos Machado Lopes, 41, faziam parte de um grupo de sete pessoas que sofreram o acidente na tarde do sábado (24). Dois deles, menos feridos, caminharam 12 horas pela mata até conseguirem chamar ajuda.

O trabalho de resgate dos corpos durou 12 horas. As equipes de busca utilizaram um helicóptero e homens a pé, que abriram uma clareira na mata de difícil acesso na localidade de Barra do Ouro, no interior do município de Maquiné (128 km de Porto Alegre), no litoral norte.

Pinto e Lopes estavam perto de um paredão rochoso, de onde despencaram de uma altura de 50 metros depois que foram atacados por um enxame de abelhas. Três companheiros, com ferimentos como fraturas de bacia e fêmur, permaneceram no local. Os outros dois – um deles com ambos os punhos quebrados – caminharam à noite e de madrugada atrás de socorro.

Os sobreviventes foram resgatados ainda na tarde desse domingo. Já a recuperação dos corpos teve início na manhã desta segunda e foi feita por 30 homens do Corpo de Bombeiros e da Brigada Militar.

Depois de retirados da base da cascata, os corpos foram levados a uma clareira, em que o helicóptero pode pousar. De lá, eles seguiram para o IML (Instituto Médico Legal) da cidade de Osório.

Ajuda

Maicon Silva da Silva e Luciano de Souza andaram por 12 horas pela noite e madrugada até encontrarem moradores da região a quem pediram ajuda. No local não há sinal de telefonia celular – inclusive, os rádios dos serviços de emergência funcionam com dificuldade.

A dupla conseguiu acionar os Bombeiros, que chegaram de helicóptero ao local em que os outros cinco permaneciam. Paramédicos constataram a morte de dois deles, cujas identidades ainda não foram confirmadas.

Os feridos foram resgatados e levados a hospitais da região, como às cidades de Capão da Canoa e Tramandaí. Eles apresentam desde pequenos ferimentos até importantes fraturas, como de fêmur e bacia. Um deles recebeu cerca de 150 picadas de abelha.