Topo

No RS, marido é suspeito de matar e dormir ao lado de corpo de mulher

Do UOL, em Porto Alegre

18/02/2015 18h31

Um crime macabro deixou os habitantes da cidade gaúcha de Cachoeira do Sul (188 km de Porto Alegre) em choque. Depois de supostamente matar a própria mulher, o marido teria dormiu ao lado do corpo por noites seguidas. Para não levantar suspeitas, ele seguiu com sua rotina normalmente por quatro dias. O cadáver foi encontrado por vizinhos, na segunda-feira (16), na cama do casal.

Leandro Alves, 33, é o suspeito. Em depoimento à polícia, ele admitiu o crime. Disse, porém, que não foi intencional: que a mulher - -Josiane Rodrigues, 33--  bateu a cabeça em um móvel durante uma briga. Com receio de ser preso, teria fechado todas as aberturas da casa com papelão e cobertores e tentado levar a vida tranquilamente. Aos conhecidos, dizia que a esposa estava em casa.

"Ele apresentou uma versão com muitas contradições. Foi pego nas próprias mentiras e não tinha mais como negar. Acabou confessando que empurrou ela, que bateu com a cabeça na quina da cama", revela o delegado Ricardo Milesi, que registrou o flagrante. 

O corpo foi descoberto por vizinhos, que notaram a ausência de Josiane e a casa sempre trancada, o que não era costume. Aproveitando uma saída de Alves, amigas da vítima conseguiram entrar no casebre da rua Alfredo Papay, no bairro periférico de Ponche Verde. No quarto, sobre a cama, o corpo de Josiane já em estado de decomposição e envolto em cobertores velhos.

Ao chegarem casa, Alves por pouco não foi vítima dos vizinhos, que tentaram linchá-lo. Ele está preso na penitenciária de Cachoeira do Sul.

Violência

O histórico do casal é de violência. Alves e Josiane não possuíam profissão. Eles viviam de bicos e doações. A mulher cumpria prisão domiciliar por tráfico de drogas. O marido já tinha antecedentes por pequenos crimes. Ambos têm um filho,uma criança de pouco mais de um ano, que há meses mora em um abrigo da prefeitura.

Além da bebida, contam os vizinhos, o casal seria viciado em crack. As brigas também eram constantes, revelam os conhecidos. Havia, inclusive, na delegacia da cidade um registro de agressão de Alves contra Josiane.

Agora o caso está sendo investigado pelo posto de polícia da Mulher de Cachoeira do Sul. Alves está sendo assistido pela Defensoria Pública. Seu representante não foi encontrado pela reportagem.