Vereador diz que execução do Hino Nacional nas sessões 'vai encher o saco'
“Vai encher o saco”. Essa foi a justificativa de um vereador em Monte Alto (353 km de São Paulo) ao pedir o adiamento, por uma semana, da votação de um projeto que determinaria a execução do Hino Nacional na abertura de todas as sessões da Câmara da cidade. A proposta será apreciada novamente na próxima segunda-feira, data da reunião ordinária da Casa de Leis.
O pedido de adiamento foi feito na tribuna da Câmara. "Não não vamos aguentar, toda semana, executar o Hino Nacional (...) vai ficar uma coisa cansativa, enjoativa (...) desculpa a expressão, vai encher o saco, senhor presidente", disse Layrton Infante (PP), autor do pedido de adiamento.
De acordo com João Picolo (PDT), autor da proposta, a medida é um reconhecimento à pátria e ajuda a elevar o nível dos trabalhos.
“Ao entrarmos para discutir as questões da nossa cidade e, porque não, de nosso País, acho que o Hino nos lembra da grandiosidade de nossa função e de nossa responsabilidade.
Já Infante disse que não é contra a execução do hino, apenas quer diminuir a frequência.
“Queria ver a possibilidade de o Hino Nacional ser tocado uma vez por mês. Não é por nada, não vamos aguentar, toda sessão, toda segunda-feira, a gente ouvindo o Hino Nacional”, disse. Ele ainda criticou, momentos depois, contra a lei estadual que obriga a execução do Hino antes de eventos esportivos. “É um disparate”.
Por fim, ainda durante o discurso, o parlamentar ressaltou que a leitura de trechos bíblicos, já realizada na Câmara, é mais benéfica para a população que acompanha as sessões e para os vereadores. “Acho que mais importante que o Hino Nacional nós já temos aqui. Isso sim eu vejo que é de suma importância, nós temos uma reflexão, uma leitura da Bíblia”, afirmou.
Sem punição
A Câmara de Monte Alto informou, por meio de assessoria de imprensa, que todos os vereadores têm liberdade para apresentar propostas e se posicionar sobre elas de forma livre.
A assessoria informou ainda que a postura de Infante não feriu nenhum preceito do Legislativo.
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