Berço cultural, bairro Santa Tereza é tombado em Belo Horizonte
O Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (MG) tombou nesta quarta-feira (4) o bairro de Santa Tereza. Trezentas casas, igrejas, restaurantes e bares, além de praças, compõem a lista dos imóveis que compõem a lista de tombamento.
A ideia é preservar as edificações e, com isso, preservar o bairro nos seus aspectos intangíveis como cultura, história tradição e influência musical. “Santa Tereza não tem só o patrimônio arquitetônico e ambiental. Existe um patrimônio de cultura que transcende isso tudo”, disse o presidente do conselho, Leônidas Oliveira.
Com a decisão, os 300 imóveis vão precisar de autorização do conselho para qualquer tipo de restauração, reforma e alteração na estrutura. Os imóveis também terão isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Segundo Oliveira, a iniciativa possibilita a preservação não somente dos imóveis tombados, mas de toda a ambiência e do conjunto arquitetônico, paisagístico, urbanístico e cultural do bairro.
Bairro de classe média na zona leste de Belo Horizonte, Santa Tereza guarda características arquitetônicas da década de 1960 e abriga um dos mais tradicionais redutos boêmios da capital mineira com casas de serestas e bares, onde pessoas ligadas às artes se encontram para confraternizar, compor músicas e poesia, dançar e cantar, e beber, nas noites de Belo Horizonte.
Clube da Esquina
Santa Tereza é o berço cultural de músicos mineiros como Milton Nascimento, Fernando Brant, Márcio e Lô Borges, Sepultura e Skank.
Foi na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, em Santa Tereza, que nasceu, na década de 1960, o movimento musical Clube da Esquina, que marcou o início da carreira de Tavinho Moura, Wagner Tiso, Márcio e Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Ronaldo Bastos, Fernando Brant e a banda 14 Bis.
Nos anos 1980, o bairro foi o local de surgimento das bandas Sepultura e Skank.
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