Traficante paraguaio procurado pela Interpol é preso no MS
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul prendeu, na tarde desta quarta-feira (4), o paraguaio Vilmar Acosta Marques, o Neneco, apontado como um dos maiores traficantes de maconha da fronteira do Brasil com o país vizinho.
Ele estava na lista de procurados pela Interpol, apontado como mandante do assassinato do jornalista Pablo Medina, do jornal paraguaio ABC Color, em outubro do ano passado.
Neneco, que já foi prefeito da cidade de Ypejhú, no Paraguai, foi preso em Caarapó, a 273 quilômetros de Campo Grande, no momento em que, segundo a polícia, fugiria para o norte de Mato Grosso, com a ajuda do irmão. Ele foi levado para a sede da Polícia Federal, em Campo Grande.
A busca pelo traficante começou há um mês, quando as autoridades do Paraguai pediram ajuda à Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, após receberem informações sobre a presença de Neneco no Estado brasileiro desde o fim de 2014. As investigações levaram à localização de Neneco na casa de parentes, que moram em Dourados.
No momento da prisão, o traficante apresentou carteira de identidade brasileira com o nome de Vilmar Marques Gonzales e alegou que possui dupla nacionalidade. A Polícia Federal vai investigar se o documento é verdadeiro.
A assessoria de comunicação da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul informou que Neneco ficará preso no Brasil até que seu destino seja decidido pela Justiça. Segundo a PF, ainda não é possível falar em extradição nem em expulsão de Neneco do país.
“Pablo Escobar” paraguaio
Em entrevista coletiva na manhã de hoje, o delegado responsável pelas investigações, Claudineis Galinari, disse que Neneco é conhecido pela violência com que comandava o tráfico na região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai,
Segundo o jornal paraguaio ABC Color, Neneco é comparado --na região onde atuava--, ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar. A publicação relata que ele alcançou o comando do tráfico de maconha na fronteira depois da prisão de Fernandinho Beira Mar e que, durante o período em que foi prefeito de Ipejhú, Neneco tinha passe livre para comandar seus negócios ilícitos, impondo o medo por meio de assassinatos e saques às fazendas.
Por causa das reportagens denunciando os crimes de Neneco e o tráfico de drogas no Paraguai, o jornalista investigativo do ABC Color, Pablo Medina, sofreu diversas ameaças, até ser morto em abril de 2013 durante uma emboscada, em outubro do ano passado, na região de fronteira. Antonia Almada, assistente de Medina, também foi morta na mesma ocasião.
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