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Brasil tem nove concentrações urbanas com mais de 2,5 milhões de habitantes

Do UOL, no Rio

25/03/2015 10h00

O Brasil tem hoje nove áreas de concentração urbana com mais de 2,5 milhões de habitantes, segundo o estudo "Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil", divulgado nesta quarta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Encabeçada pela área de São Paulo (SP), com 19,6 milhões de habitantes divididos em 39 cidades, as nove regiões representam cerca de 30% da população brasileira e reúnem, segundo o instituto, “o mais alto escalão da urbanização” nacional.

Depois de São Paulo, é a vez da concentração do Rio de Janeiro (RJ), que compreende 11,9 milhões de pessoas em 21 municípios; Belo Horizonte (MG), com 4,7 milhões de pessoas em 23 municípios; Recife (PE), com 3,7 milhões de habitantes em 15 cidades; Porto Alegre (RS), com 3,7 milhões de pessoas em 26 municípios; Salvador (BA), com 3,4 milhões de pessoas em nove municípios; Brasília (DF), também com 3,4 milhões de habitantes em 11 cidades; Fortaleza (CE), com 3,3 milhões de habitantes em oito municípios; e Curitiba (PR), com cerca de 3 milhões de pessoas divididas em 18 cidades.

Além destas nove regiões altamente populosas, o país possui ainda outras 17 áreas com mais de 750 mil habitantes e 294 arranjos populacionais que reúnem 294 municípios, o equivalente a 55,9% do país. Os conceitos de concentração urbana e arranjo populacional estão sendo usados pela primeira vez pelo IBGE.

Os arranjos populacionais levam em conta a integração populacional entre municípios vizinhos, mensurada pelos deslocamentos de uma cidade a outra realizados em função do trabalho e/ou estudo e a proximidade entre as áreas urbanas. São consideradas concentrações urbanas os arranjos populacionais com mais de 100 mil habitantes ou as cidades com esta população ou mais que não participam de nenhum arranjo --caso de Manaus e Campo Grande.

Em São Paulo e no Rio, as duas maiores concentrações urbanas do país, mais de 1 milhão de pessoas se deslocam diariamente para trabalhar e/ou estudar em municípios vizinhos. Os maiores fluxos de pessoas são registrados entre as cidades de Guarulhos (SP) e São Paulo; Niterói (RJ) e São Gonçalo (RJ); Duque de Caxias (RJ) e Rio de Janeiro; e entre Osasco (SP) e a capital paulista.

Apesar dos mais de 400 quilômetros que separam Rio e São Paulo, o IBGE identificou um fluxo de 13,4 mil pessoas se deslocando periodicamente de uma cidade a outra; 57,7% em função do trabalho e 40,5% somente devido ao estudo.

Há ainda 27 arranjos populacionais que extrapolam as fronteiras brasileiras, ligando municípios a cidades em outros países que fazem fronteira com o Brasil. Ao todo, 107,7 milhões de pessoas participam destes deslocamentos. A ideia, segundo o IBGE, é repetir o estudo a cada novo Censo, propiciando uma base de análise nacional.