Curitiba lidera ranking de sinalização para mobilidade; Manaus é a última
Uma pesquisa feita entre pedestres, ciclistas e usuários de transporte coletivo avaliou que o brasileiro está insatisfeito com a sinalização de trânsito para esses modais.
Os dados constam em relatório da campanha “Sinalize!”, feito pela ONG “Mobilize Brasil” entre junho de 2014 e março de 2015 e divulgado nessa quinta-feira (23).
Pelas notas, Curitiba foi a cidade que teve a sinalização mais bem avaliada; mesmo assim, ficou com nota média de 5,4 (em uma variação de zero a dez). Já Manaus teve a pior nota: 0,7.
O levantamento ouviu 419 voluntários em 14 das maiores capitais e criou um ranking por meio de notas dadas pelos participantes.
“A campanha Sinalize! procura sensibilizar a população, prefeitos, vereadores, governadores e até o governo federal para a necessidade urgente de melhorar a sinalização urbana, especialmente para pedestres, ciclistas e passageiros dos transportes públicos”, explica o relatório.
Segundo o relatório, cerca de 70% das viagens diárias são feitas exclusivamente a pé, utilizando transporte coletivo ou em bicicleta. Mesmo assim, os veículos teriam 90% das sinalizações nas ruas das cidades.
O relatório explica os direitos do cidadão no que se a direito de sinalização, especialmente para o transporte coletivo.
“O Código de Trânsito Brasileiro define como deve ser a informação ao usuário do transporte coletivo nos pontos de parada: no mínimo, deve haver a indicação das linhas que servem o local e, se possível, seus horários. Mas, segundo o CTB, cabe ao órgão municipal a responsabilidade pelo serviço de transporte coletivo, inclusive a sinalização pertinente”, diz.
O documento ainda faz críticas à legislação brasileiro nesse sentido. “Faltam no Sistema Nacional de Trânsito recursos de sinalização suficientes para garantir segurança, conforto e usabilidade para o pedestre, ciclista e passageiro do transporte público. Para este último, aliás, não há sequer padronização prevista”, aponta.
Para a entidade, o objetivo da campanha não é encher as cidades de placas, "o que aumentaria a poluição visual urbana.” “A ideia é estimular racionalização dos sinais, de forma a melhorar a legibilidade para todos. E isso envolve as autoridades, designers e arquitetos, além da população”, alega o relatório.
Ranking por nota:
1º Curitiba - 5,4
2º Rio de Janeiro - 4,6
3º Porto Alegre - 4,2
4º São Paulo - 3,8
5º Goiânia - 3,7
6º Belo Horizonte - 3,6
7º Recife - 3,3
8º Natal - 2,5
8º Brasília - 2,5
10º Salvador - 2,1
11º Cuiabá - 2
12º Maceió - 1,6
13º Fortaleza - 1,3
14º Manaus - 0,7
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