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Após beber cerveja e cachaça, padre bate carro em moto da PM em Minas

Um padre alcoolizado foi detido após ter batido com seu carro em uma moto da PM, que participava de uma blitz da lei seca em Belo Horizonte - Policia Militar/Divulgação
Um padre alcoolizado foi detido após ter batido com seu carro em uma moto da PM, que participava de uma blitz da lei seca em Belo Horizonte Imagem: Policia Militar/Divulgação

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

25/04/2015 13h15

Um padre que apresentava sinais de embriaguez bateu com o seu carro em uma motocicleta da Polícia Militar de Minas Gerais, na madrugada deste sábado (25), no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha.

Segundo o relato da polícia, a moto estava parada para a formação de esquema de uma blitz que iria ocorrer na via onde aconteceu o acidente. O militar teve que pular da moto para não ser atingido. O policial não se feriu.

Aos policiais, o religioso Erli Lopes Cardoso, 41, teria assumido que fez uso de bebida alcoólica -- ingeriu duas cervejas e uma cachaça. Ele fez o teste do bafômetro, que apresentou 0,44mg/l de álcool no sangue. Acima de 0,32mg/l é considerado crime de trânsito.

No relato dado aos policiais, o religioso teria afirmado que se distraiu ao conversar com uma pessoa que estava no banco do passageiro e só percebeu quando estava muito próximo da motocicleta. Ele disse ter acionado os freios, mas não houve tempo hábil para evitar a colisão.

Na sua versão, o policial que conduzia a moto contou ter notado “olhos avermelhados, fala desconexa e hálito etílico" no condutor do carro.

A polícia informou que o padre se prontificou a assumir toda a responsabilidade pelo caso. Ele foi conduzido a uma delegacia de plantão da Polícia Civil e teve a carteira de motorista apreendida.

Conforme o delegado Anderson Alcântara, responsável pelo flagrante, o religioso responderá a dois processos criminal e administrativo. Ele pagou uma fiança de mil reais e foi liberado. O policial disse ter ouvido do padre que ele toma remédios controlados.

“Ele vai responder a um processo criminal e a um processo administrativo, no qual ele poderá ter a CNH [carteira nacional de habilitação] suspensa por um ano. No criminal, ele poderá ter uma pena de detenção de seis meses a três anos”, afirmou.

Atualmente, o religioso trabalha na Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência, na região da Pampulha, na capital mineira. Por telefone, um representante da congregação religiosa confirmou que o padre se envolveu no acidente.

Em nota assinada pelo padre Tarcísio Vieira, identificado como diretor provincial da Pequena Obra da Divina Providência, a congregação relatou estar "pesarosa e consternada" e "tomando as providências necessárias para que tudo seja resolvido dentro da legalidade'.