Topo

Ex-PM acusado de matar menor é preso no Texas 25 anos após crime

Jorge Amauri Domingos Nascimento estava foragido desde 1991 - Polícia Federal/Divulgação
Jorge Amauri Domingos Nascimento estava foragido desde 1991 Imagem: Polícia Federal/Divulgação

Do UOL, em Maceió

06/05/2015 09h21

Preso no Estado do Texas (EUA) pela Interpol com ajuda da Polícia Federal brasileira, o ex-policial militar e campeão de halterofilismo Jorge Amauri Domingos Nascimento, 53, chegou a Pernambuco nesta terça-feira (5) após a sua deportação.

Ele estava foragido desde 1991, quando teve prisão preventiva decretada por jogar em um rio e matar afogado um adolescente de 13 anos no Recife. O crime aconteceu em maio de 1990, na ponte da Imperatriz, no bairro da Boa Vista.

O nome do acusado estava na difusão vermelha --alerta lançado em sistema de todos os países de pessoas que são procurados pela polícia. Ele foi encontrado no Texas, onde já estava casado, pai de dois filhos e trabalhando.

Segundo a PF, ele ainda não havia conseguido a sua naturalização, o que tornou possível sua deportação.

De acordo com inquérito, o ex-policial teria matado o adolescente “sem nenhum motivo aparente”. “[Ele] avistou um menino de rua, tomou-lhe um recipiente e cola e o arremessou nas águas do rio Capibaribe, o qual veio a falecer ou por estar dopado ou por não saber nadar“, acusa a polícia.

Segundo inquérito policial à época, Nascimento possuía “péssimos antecedentes criminais” e responderia a processos por roubo e formação de quadrilha.

A PF informou que o foragido foi trazido ao Brasil por policiais norte-americanos da Imigração e Alfândega, em voo da American Airlines.

Após chegada ao Recife, Nascimento foi levado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito e levado para o presídio do Centro de Triagem, em Abreu e Lima, na Grande Recife, onde está à disposição do Tribunal do Júri de Pernambuco.

Outro lado

A PF não informou se o acusado já possui advogado constituído, mas disse que, em conversa informal com os agentes, alegou que era inocente e que teria como provar que não estava no local na hora em que aconteceu a morte do menor.

Sobre a fuga, ele negou que tenha deixado o Brasil por conta do mandado de prisão e assegurou que, quando foi para os EUA, viajou a passeio e que não tinha conhecimento da prisão.